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sexta-feira, março 29, 2024

Atraso nas contas de água e luz aumenta, mas inadimplência dá sinais de arrefecimento

Os consumidores nunca atrasaram tanto o pagamento de contas básicas, como de água e luz. Pesquisa divulgada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) mostra que a inadimplência no pagamento de contas básicas foi a única que cresceu em setembro – teve um avanço de 19%.

A pesquisa mostra que com exceção das contas básicas, houve queda da inadimplência de forma generalizada em todos os segmentos. No caso das dívidas bancárias, que levam em conta atrasos com faturas de cartão de crédito, cheque especial, financiamentos e empréstimos, houve uma pequena queda de 0,3% em setembro na comparação com igual mês de 2018. Foi a primeira vez que o setor teve queda desde novembro de 2017.

Também houve queda expressiva (-20,1%) nos atrasos das contas de telefone, TV por assinatura e internet e uma retração de 4,2% da inadimplência no crediário de departamentos comerciais.

A economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, diz que a diminuição dos atrasos nas dívidas bancárias é um fator a ser comemorado, pois elas respondem por 53% das dívidas em aberto no país. “As dívidas com instituições financeiras também são as que cobram os juros mais caros do mercado em casos de atraso. A falta de pagamento com esse tipo de dívida pode transformar valores modestos em cifras praticamente impagáveis porque podem superar em várias vezes a renda do consumidor.”

O SPC Brasil diz que o número de pessoas físicas inadimplentes no país continua crescendo, mas em patamares mais modestos do que em períodos anteriores. De acordo com a pesquisa, o volume de consumidores com contas em atraso aumentou 1,3% no último mês de setembro na comparação com igual período de 2018. Trata-se da menor expansão desde dezembro de 2017.

E o total de dívidas em atraso? Esse número também vem caindo: -2,5% em setembro. Foi a quarta contração seguida e a mais expressiva desde dezembro de 2017.

Houve recuos em ao menos duas das regiões pesquisadas, como no Nordeste (-0,47%) e no Centro-Oeste (-0,63%). Já o Norte apresentou a alta mais expressiva na quantidade de devedores, um avanço de 5,31% na comparação com o ano passado. Depois aparecem o Sudeste (3,15%) e o Sul (1,12%).

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