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quarta-feira, abril 24, 2024

A falta de uma pulseira de identificação impede sequestro de bebê em hospital

Por G1 PR e RPC Curitiba

Câmeras de segurança registram momento em que suspeita tenta levar recém-nascido de maternidade de Curitiba

Em depoimento, Talita Meireles disse que usou uma roupa de enfermagem para ir até o quarto e pegar o bebê.

Câmeras de segurança registraram o momento em que uma mulher suspeita tenta levar um bebê recém-nascido da maternidade do Hospital do Trabalhador, em Curitiba. O caso aconteceu por volta das 18h30 de segunda-feira (12).

Nas imagens, é possível ver a mulher andando com o bebê nos braços e o momento em que uma segurança começou a andar ao lado dela em direção a uma porta.

Assista ao vídeo clicando na imagem acima.

 

Talita Meireles, de 23 anos, foi detida no momento em que saía do hospital com a criança no colo. De acordo com a instituição, ela foi barrada por não ter uma pulseira de identificação. Ela foi presa com algumas roupas de bebê na bolsa.

A defesa de Talita afirmou que ela sofre de depressão puerperal após o aborto e disse que vai pedir para que ela seja internada em uma clínica para tratamento.

Em depoimento à Polícia Civil ela disse que sofreu um aborto em junho e que iria pegar a criança para dizer que era dela.

Assista ao vídeo clicando na imagem abaixo.

Talita afirmou que engravidou em janeiro e que sofreu um aborto em 27 de junho, mas que não chegou a contar para nenhum familiar ou amigo sobre a perda da criança.

“Eu ia dizer que nasceu, alguma coisa assim. Eu fiquei muito desesperada. Eu não sei o que passou pela minha cabeça”, afirmou em depoimento na Central de Flagrantes.

Marido não sabia do aborto

O marido dela também foi ouvido pela polícia e confirmou que não sabia que a esposa tinha sofrido um aborto.

“Estava todo mundo esperando por essa criança que eu perdi, e eu não quis contar pra ninguém”, disse Talita.

Segundo a Polícia Militar, no entanto, ela chegou a afirmar anteriormente, no momento em que estava sendo presa, que venderia a criança à uma vizinha.

Ao ser questionada sobre a primeira informação prestada aos policiais, a mulher alegou que contou a história porque estava nervosa.

Investigação e entrada no hospital

 

A polícia investiga como a mulher entrou no hospital sem ser identificada. Ela disse à polícia que ninguém do hospital pediu para que ela se cadastrasse na entrada da maternidade.

De acordo com os depoimentos, o caso aconteceu próximo ao horário da troca de turnos das equipes de enfermagem e segurança.

Talita disse que pegou um uniforme da enfermagem em um vestiário dentro do hospital.

Uma técnica de enfermagem afirmou à polícia que a suspeita foi até o quarto onde a criança estava e disse à mãe do bebê que o levaria para fazer exames.

Eu fui olhar as crianças. Eu comecei a olhar e ai eu queria pegar um nenê no colo. Quando eu vi, tudo aconteceu. Mas eu não queria fazer nenhuma maldade. Eu não queria causar nada”, disse Talita.

Ainda segundo os depoimentos, na portaria, ao tentar sair do hospital, a suspeita não vestia mais o uniforme de enfermagem. Ao ser barrada, ela disse que tinha ido até o local porque a criança tinha se engasgado, mas que o caso já estava resolvido.

Talita e a criança foram levados a uma sala da assistência social do hospital. No local, a mãe verdadeira do bebê reconheceu o filho e a polícia foi chamada.

O que diz o hospital

Em nota, o Hospital do Trabalhador informou que a mulher foi barrada ao tentar sair do local com a criança. De acordo com a instituição, a criança tinha uma pulseira de identificação e a mulher, não.

Após ser barrada, a polícia foi chamada e a criança foi devolvida à mãe.

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Redação CLICR
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