Por Denise Jobim – Fisioterapeuta
Estamos prestes a completar dois anos de pandemia da Covid-19 e nesse período os tratamentos médicos para a doença já atravessaram diferentes fases, com experiências diversas e resultados também distintos.
Uma parcela grande de pacientes se recuperou das infecções causadas pelo coronavírus após passar por internações hospitalares, inclusive em UTIs e já está de volta aos seus lares, contudo a retomada da rotina é mais um desafio para muitas destas pessoas.
Vencer esta primeira etapa não significa exatamente estar completamente curado da Covid-19, pois os efeitos da doença têm deixado uma série de sequelas que decorrem de diferentes fatores, incluindo cansaço respiratório pelo uso prolongado da ventilação mecânica, fadiga neuromuscular, podendo levar a miastenia (dificuldade de executar movimentos de forma voluntária) e até mesmo dificuldade para engolir.
A reabilitação plena das pessoas recuperadas da doença passa pela fisioterapia, principalmente respiratória, com a aplicação de estratégicas e técnicas que serão utilizadas de acordo com a avaliação funcional de cada indivíduo.
A recomendação é que o tratamento inicie tão logo o paciente esteja recuperado dos sintomas para que a reabilitação seja mais efetiva. O processo pode durar até seis meses, mas vai variar em cada situação, contudo é imprescindível o acompanhamento do profissional de fisioterapia que vai indicar as atividades adequadas para cada estágio do tratamento e o tipo de aparelho que poderá ser utilizado.
