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terça-feira, abril 16, 2024

CMPC de Guaíba deverá investir R$ 2.75 bilhões em ampliação de fábrica

Novo investimento, focado em modernização, ampliação de capacidade e sustentabilidade, foi aprovado pelo conselho de administração do grupo chileno e começa em setembro

 

O grupo chileno CMPC vai investir mais R$ 2,75 bilhões (US$ 530 milhões) na fábrica de celulose de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre, até 2023, no segundo maior desembolso privado da história do Rio Grande do Sul. O novo investimento, destinado a modernização, ampliação de capacidade produtiva e sustentabilidade, foi aprovado pelo conselho de administração e começa a ser executado em setembro.

Além da expansão de quase 20% na capacidade da produção de celulose, o projeto batizado BioCMPC, resultará em cortes de custo nas linhas 1 e 2, reduzirá em 60% as emissões de gases do efeito estufa e eliminará a geração de cinzas, entre outros ganhos ambientais. O inicio da operação esta previsto para novembro de 2023.

A empresa é conhecida por ter feito o maior investimento privado da história recente no Estado, quando aportou R$ 5 bilhões entre 2013 e 2016 para duplicar a fábrica de Guaíba, que ainda era chamada de Celulose Riograndense. Em 2019, atingiu a capacidade plena e aplicou mais R$ 170 milhões em processos para aumento de produtividade na unidade gaúcha.

O projeto BioCMPC tornará a planta da companhia uma das mais sustentáveis do Brasil no setor de celulose, além de criar mais de 7,5 mil novos postos de trabalho Foto: Fabiano Panizzi / Divulgação/CMPC

O projeto BioCMPC prevê a implantação de importantes investimentos em modernização operacional, além de novas medidas de controle e gestão ambiental. As 31 iniciativas se dividem da seguinte forma: 9 relacionadas à implantação de novos equipamentos de controles ambientais e o repotenciamento de sistemas já existentes, 8 novas iniciativas voltadas à gestão ambiental e 14 ações de modernização operacional.

 

Ao final, o BioCMPC irá gerar um relevante ganho de performance para a unidade de Guaíba, por meio do aumento de aproximadamente 18% da capacidade produtiva, quando comparado aos resultados dos últimos doze meses. Isso será possível em função da instalação de novos e modernos equipamentos, tais como as linhas adicionais de picador e peneiramento de cavacos, a realização de melhorias no digestor, no sistema de branqueamento, na secagem de celulose e na caustificação. A sustentabilidade está completamente alinhada as ações de modernização, e resultam na melhora de grande parte dos resultados dos indicadores de meio ambiente.

Mais de 7 mil empregos

Com investimento de aproximadamente R$ 2,75 bilhões, a previsão é que sejam criados cerca de 7,5 mil novos postos de trabalho durante a execução das obras, e que cerca de 50% dos fornecedores sejam empresas locais, tornando o projeto não só o maior investimento em ESG do estado, mas também proporcionando uma grande geração de valor compartilhado com as cadeias produtivas nacionais. Esse é o segundo maior investimento privado da história do Rio Grande do Sul (RS) – ficando atrás somente da criação de Guaíba 2, linha de produção de celulose da CMPC que teve sua implantação concluída no ano de 2015.

 

O BioCMPC foi cuidadosamente elaborado tendo como base o propósito da companhia: criar, conviver e conservar. O anúncio do investimento vai na contramão do cenário de retração econômica provocada pela pandemia da Covid-19, contribuindo diretamente para a retomada dos negócios no país. Os recursos destinados ao projeto serão injetados no mercado durante o período de sua implantação, que se estende por mais de 2 anos. Do total dos postos de trabalho a serem criados durante as obras, serão aproximadamente 3,7 mil empregos diretos e indiretos e 3,8 mil empregos induzidos na cadeia econômica do RS e país. A gestão pública também ganha um importante incremento de aproximadamente R$ 350 milhões em tributos municipais, estaduais e federais.

 

Durante as obras

No BioCMPC, as obras de implantação também serão sustentáveis. Além da utilização de mão de obra e fornecedores locais, evitando a migração de pessoas de fora, não haverá canteiro de obras na área de empresa, ou seja, a estrutura será instalada em local distante da unidade industrial para não gerar transtornos as comunidades vizinhas. Outro fator importante é que a mobilidade urbana da região não será afetada. Todo acesso de pessoas, máquinas e equipamentos será feito pelo acesso privado da empresa junto à BR-116, não gerando, portanto, nenhuma interferência no trânsito local. Os horários de obra também serão diferenciados, com atividades ocorrendo de segunda à sexta, das 8h às 18h. Não haverá obras no período noturno, nos finais de semana e nos feriados. Além disso, todos os resíduos gerados na construção serão reaproveitados e transformados em novos produtos. Medidas de controle serão implementadas para que não haja alterações ambientais na vizinhança.

 

“Antes a sociedade esperava que as empresas trabalhassem para reduzir seus impactos. Hoje em dia isso é apenas o ponto de partida. No século XXI a sociedade espera que as empresas não gerem problemas e ainda ajudem a sociedade a superarem seus próprios desafios. E é isso que estamos fazendo. Basta considerarmos que a pandemia agravou os índices de desempego, e o BioCMPC vai ajudar fortemente na criação de novas oportunidades de trabalho. Outro desafio de toda a sociedade está relacionado aos gases de efeito estufa. Nesse caso, além das nossas florestas que já sequestram milhares de toneladas de carbono, eliminaremos uma fonte de energia não renovável e vamos instalar uma nova caldeira de recuperação para produção de energia 100% limpa. Ações como essas são posturas esperadas das empresas do século XXI, e estamos liderando este processo no setor de celulose no país. Queremos realizar obras sustentáveis”, pontua o Diretor Geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger.

“Queremos realizar obras sustentáveis” destacou o Diretor Geral da CMPC no Brasil, Mauricio Harger Foto: Nilani Goettems

 

Sobre a CMPC

 

A CMPC tem sua unidade industrial localizada em Guaíba, no Rio Grande do Sul, faz parte do grupo chileno CMPC e produz, por ano, cerca de 1,9 milhão de toneladas de celulose – matéria-prima biodegradável utilizada na fabricação de produtos de higiene pessoal (tissue), de embalagens e de vários outros itens presentes no cotidiano das pessoas. Maior indústria do estado, conforme o índice VPG (Valor Ponderado de Grandeza), a companhia é responsável pela criação de 45 mil empregos diretos, indiretos e induzidos na economia gaúcha, com 6,6 mil profissionais atuando em suas operações industriais, florestais e portuárias. Presente no Brasil desde 2009, a empresa é uma representante da bioeconomia e tem suas operações baseadas no conceito da economia circular, transformando 100% resíduos sólidos do processo industrial em 15 novos produtos, desde matéria-prima para produção de cimento e painéis de madeira até corretivo de pH do solo e fertilizantes orgânicos. O grupo CMPC completou 100 anos de atuação no mundo em 2020 e conta atualmente com mais de 17 mil colaboradores em 46 unidades industriais de oito países da América Latina.

Fábrica da CMPC em Guaíba será modernizada com investimento de R$ 2,75 bilhões CMPC / Divulgação
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Redação CLICR
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