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sexta-feira, março 29, 2024

Especialistas debatem ações para enfrentar avanço da febre amarela no Estado

O Brasil passa hoje pelo maior surto de febre amarela já registrado. Mesmo que o Rio Grande do Sul ainda não tenha tido casos confirmados, diversas ações buscam preparar a assistência e vigilância para a possível reintrodução da doença no Estado. Por isso, nesta sexta-feira (25/10) o assunto foi tema de evento promovido pela Faculdade de Infectologia da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) em parceria com a Secretaria da Saúde (SES) por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).

A capacitação contou com a presença do médico Rafael Galliez, do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS) do Rio de Janeiro. O profissional destacou o que considera o maior desafio para a organização da assistência médica. “A febre amarela é uma doença que ocorre em áreas de mata, onde o acesso do paciente aos serviços de saúde é dificultado pelas distâncias”, disse. O médico destaca essa situação como o principal motivo para a qualificação da rede assistencial. Com equipes preparadas, os profissionais conseguem rapidamente identificar os casos suspeitos e indicar o tratamento.

A chefe da Divisão Epidemiológica do Cevs, Tani Ranieri, que também foi painelista do evento da UFCSPA, descreveu as principais ações já realizadas no Estado. Uma delas foi a visitação casa a casa em áreas rurais de 17 cidades das regiões mais propensas à chegada da doença. Essa estratégia ainda está em andamento e abrangerá outros municípios próximos a Santa Catarina buscando fazer com esses residentes sejam uma rede de vigilância.

Situação no RS

Desde 2017, o estado de São Paulo passou a apresentar casos de febre amarela. Na sequência, o vírus se propagou para o Paraná e, por último, Santa Catarina, sempre pela área rural. No Rio Grande do Sul não são identificados casos transmitidos dentro do Estado desde 2009. Conforme o Ministério da Saúde, já foram confirmados no país, neste ano, 85 casos em humanos, dos quais 15 resultaram em óbitos.

As áreas mais suscetíveis para o retorno da doença ao Estado são o norte, a Serra e o Litoral Norte, em virtude da divisa com Santa Catarina e onde há a presença de áreas silvestres de mata.

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