O clima irregular nesta safra de fumo com excesso de chuva na época do plantio e nos primeiros dias de desenvolvimento da planta seguido por uma longa estiagem que já completa mais de 40 dias, causou efeitos devastadores nas lavouras da região comprometendo a produção que deverá ter uma queda significativa este ano.
Alguns produtores ainda tiveram o problema agravado pela queda de granizo que destruiu algumas lavoura. No último dia 15 de dezembro, em Barão do Triunfo, a chuva de pedras causou um enorme estrago na plantação do agricultor Claudiomar Moraes Custódio, morador da localidade de Estrada do Fumo que cultiva 45 mil pés de fumo.
Produtor há 21 anos, ele estima que 80% da sua produção foi comprometida pela ação do tempo nesta safra. A plantação do tabaco foi toda financiada pelo banco e por não ter seguro, calcula um prejuízo de aproximadamente R$ 20 mil. Além da cultura do fumo, na propriedade também é cultivado 4 hectares de melancia que também sofreu com a queda do granizo. Nesta atividade, o prejuízo estimado é de R$ 10 mil.
Na mesma localidade o agricultor Patriqui José dos Passos teve prejuízos com o temporal. Na sua propriedade, são cultivados 40 mil pés de fumo e em 30 mil pés a destruição foi total, já na outra lavoura o granizo não foi tão danoso atingindo 4 folhas por pé de fumo. O vento forte também causou estragos arrancando algumas telhas da estufa elétrica para secagem do fumo.
Noutra localidade próxima, Linha Nova, o granizo da mesma forma chegou destruindo muitas plantações de tabaco, a exemplo da propriedade de Jones Stropper, onde a pedra devastou toda sua plantação atingindo uma média de 13 folhas quebradas por pé de fumo. O prejuízo será amenizado pelo seguro que foi acionado e constatou a perda total da lavoura.
