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sábado, dezembro 7, 2024

O Rio Grande do Sul encaminha-se para ter uma das maiores safras de grãos de sua história, sendo a maior de soja

O Rio Grande do Sul encaminha-se para ter uma das maiores safras de grãos de sua história, sendo a maior de soja. A estimativa da Emater é de que o Estado alcance a marca de 32.276.907 de toneladas para o período 2020/2021, um incremento de mais de 39% frente a safra anterior, que foi de 23.194.862 toneladas de grãos. Neste cenário, desponta o crescimento do plantio de soja, que praticamente dobrou a produção em relação ao ano passado, com ampliação também da produtividade. O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, explica o crescimento do resultado do plantio da oleaginosa: “O Tripé gestão, profissionalismo e planejamento, aliado a uma condição de clima, não ideal, mas favorável, resultou em uma safra de soja recorde para o Estado. Isso para nós é um motivo de orgulho, ao vermos que estratégias e programas como de conservação de solos e de irrigação, proporcionam essa segurança que o Estado precisa para garantir uma produção deste nível e, consequentemente, uma sustentação econômica. É o Agro fazendo sua parte”, salienta Alencar Rugeri, diretor técnico da Emater.

O deputado estadual Ernani Polo, secretário da agricultura do RS de 2015 a 2018 e ex presidente da Assembleia Legislativa , comemora este salto da safra, especialmente na produção da soja, e projeta também que o resultado da comercialização do produto, que está com preço muito atrativo, também irá repercutir economicamente de forma positiva na economia do Estado e dos municípios.

A estiagem de 2020 castigou os agricultores, junto com a Pandemia. A estimativa de uma safra superior a 20 milhões de toneladas de grãos de soja é animadora, levando-se em conta a produção de feijão 1ª safra, arroz, milho e soja que, nos projeta um número superior a 32 milhões de toneladas. Porém é na soja que o crescimento ganha em quantidade e em preço, tendo em vista que a saca vem sendo negociada a mais de R$ 160. “Esta Supersafra também demonstra que as iniciativas de estímulo à produção e à produtividade estão dando certo e cada vez mais sendo utilizadas pelos agricultores. Enquanto estivemos na secretaria estadual da agricultura, lançamos, em 2015, o “Conservar para Produzir Melhor”, programa estadual de conservação de solos e água, que visou conscientizar os produtores a plantar adequadamente e a preservar. As condições do solo e da água talvez sejam o maior desafio e o principal limitador do aumento de produtividade no Brasil. Um solo bem manejado, corrigido, com boa matéria orgânica, descompactado, com capacidade de infiltração de água e boa fertilidade faz toda a diferença no resultado da produção. Hoje temos máquinas e equipamentos ultra modernos, com tecnologia de ponta, cultivares com alto poder produtivo, fertilizantes cada vez mais eficientes, assistência técnica, através dos profissionais da Emater, das nossas cooperativas, cerealistas e empresas privadas. Temos com a agricultura de precisão todas as ferramentas para ampliar nossa produtividade, por isso que cuidar bem do solo é investir no futuro e deve ser prioridade. Isto proporciona uma maior produtividade de grãos, que agora vemos dar resultados concretos na elevação da produção da soja no RS. Nosso Agro cada vez mais cresce e se consolida como exemplo no país”, destaca o deputado Ernani Polo.

“Melhorar a estrutura física e química do solo, a matéria orgânica, fertilidade, permitindo melhor infiltração e armazenagem de água através das raízes da plantas, usando também uma cobertura permanente para aumento da matéria orgânica são essenciais para sua melhor atividade biológica. A rotação de culturas também, sobretudo com uso do plantio do milho no verão, devido a suas raízes e a palha para cobertura do solo. Por isso entendo que a iniciativa da implementação no Estado do programa de conservação do solo e da água em 2015 foi exitosa e um ponto de partida para uma cultura conservacionista no RS”, destaca Edemar Streck, engenheiro agrônomo, ex servidor da Emater e um dos idealizadores do Programa Estadual de Conservação do Solo e da Água, lançado em 2015.

“Solo bem manejado resulta nas melhores safras. O processo colher-semear com culturas diversificadas e rentáveis nos 365 dias do ano, combinado com o desafio de segurar a água onde ela cai na lavoura, via plantas, plantio em contorno e terraceamento, representam a intensificação sustentável do uso da terra no ambiente tropical e subtropical do Brasil, para os melhores resultados econômicos, sociais e ambientais do agro.”, aponta Jorge Lemainski – Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo.

No Brasil, a estimativa da Conab é que a safra atinja mais de 273 milhões de toneladas de grãos, o que só reforça a importância do RS no cenário nacional, com 32 milhões de toneladas de projeção, mais de 15% do total do país. Também de acordo com a Conab, em último levantamento de projeções, o RS deve ter em torno de 7.730 milhões de toneladas de arroz e, segundo a Emater, 4.323 milhões de milho e 51500 mil toneladas de feijão primeira safra.

Exportações de grãos tendem a aumentar ainda mais

A Supersafra, em especial de soja, tende a ampliar as exportações de grãos também do Brasil, auxiliando o ingresso de divisas que vem em franco crescimento. Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as exportações do Agro chegaram em março de 2021, em valor recorde de US$ 11,57 bilhões – 28,6% maior que o total exportado no mesmo período do ano passado.

O bom desempenho é explicado pelo aumento dos preços dos produtos exportados, que registraram alta de 8,7%, frente o mês de março de 2020. A quantidade vendida ao exterior registrou aumento de 18,3%, com destaque para o complexo de soja e o setor de carnes, que também bateu recorde ao totalizar US$ 1,60 bilhão (+16,1%). Estes dados demonstram a importante relação entre aumento de produtividade, fruto da competência de nosso Agro, com a capacidade de exportação da produção, como é o caso da soja, que ganha cada vez mais destaque pelo valor pago e pelo interessa de importadores.

 

Fonte: Assessoria Ernani Polo

Redação CLICR
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