Na noite da terça-feira, 14 de setembro, uma comitiva de Tapes formada pelo assessor de Planejamento, Adan Bunilha, a coordenadora de Cultura, Barbara Raubach e a presidente do conselho municipal de Cultura, Isadora Machado Moreira esteve na Câmara Municipal de Guaíba em um encontro com Maria Luisa Deboni e Dr. Paulo Deboni, representantes da Associação Cultural José Claudio Machado (ACJCM), quando foi firmado um acordo de assessoria entre as partes para a elaboração e execução do projeto que trata da implantação da estátua do artista gaúcho no município de Tapes.
O músico nativista José Claudio Machado é natural de Tapes onde deixou muitos amigos e fãs do seu trabalho, além de um grande orgulho para sua terra natal, pela sua trajetória de sucesso no cenário cultural gaúcho.
O artista nasceu em Tapes, no dia 17 de novembro de 1948. Em seus primeiros anos de vida se dedicou ao trabalho na lavoura, porém sua veia artística falou mais alto e ainda jovem passou a viver da música.
Fixou raízes em Guaíba e sua contribuição musical para o Rio Grande do Sul é inestimável, sobretudo na região Centro Sul. Em Tapes integrou o grupo musical ‘Os Tapes’, no início da década de 1970, tendo contribuído com a composição da música ‘Pedro Guará’, em parceria com Claudio B. Garcia, para o primeiro LP do grupo, intitulado ‘Canto da gente’, que foi lançado em 1975. A canção o fez vencedor da ‘II Califórnia da Canção Nativa’ de 1972, ao interpretá-la com maestria no festival.
Na década de 1980, Zé Claudio idealizou o festival Acampamento da Arte Gaúcha, em Tapes, que revelaria outros grandes artistas ao longo de suas edições, assim como a Reculuta da Canção Crioula, em Guaíba. O cantor e compositor gaúcho foi também um dos responsáveis pela criação do Acampamento Farroupilha, no Parque da Harmonia, em Porto Alegre, um dos pontos de referência dos festejos do 20 de setembro.
Visando preservar o legado do artista, em junho de 2019, foi fundada a Associação Cultural José Claudio Machado (ACJCM), com sede em Guaíba. Neste sentido a entidade vem trabalhando em um projeto que prevê a publicação de um livro com as memórias de Zé Claudio e a implantação de três estátuas do cantor, sendo uma delas na praça que já leva seu nome, na capital gaúcha, nos altos da Av. Protásio Alves, outra no largo que leva seu nome em frente a hidroviária de Guaíba e a terceira em Tapes. Ainda não está definido onde o monumento será implantado, contudo um dos lugares ventilados pelos envolvidos com o projeto é em frente ao tradicional Café Central, no centro da cidade, um dos locais preferidos do cantor em suas visitas à Tapes.
A produção do livro biógrafo é capitaneada pela escritora e historiadora Elma Santanna, com participação da Isadora Machado Moreira, sobrinha de Zé Claudio. O lançamento está previsto para 17 de novembro deste ano, data que o artista completaria seus 73 anos.
Com informações de Ascom Pref. Tapes
