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quarta-feira, abril 24, 2024

Trump denuncia invasão do FBI em sua mansão na Flórida

O FBI executou mandado de busca na mansão de Donald Trump em Palm Beach, na Flórida. Os agentes federais procuram documentos presidenciais confidenciais que podem ter sido levados para a casa do ex-presidente em Mar-a-Lago. Segundo Trump, o resort foi invadido.

“A minha linda casa, Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, está atualmente sitiada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI”, adiantou Trump em comunicado na noite de segunda-feira (8).

Trump estava em Nova Iorque, na Trump Tower, quando ocorreram as buscas. Ao confirmar a presença dos agentes federais, referiu o incidente como um ataque não anunciado. “Até arrombaram meu cofre”, disse, mas não explicou o que foi levado.

“Depois de trabalhar e cooperar com as agências governamentais relevantes, essa invasão não anunciada em minha casa não era necessária ou apropriada”, acrescentou.

Mar-a-Lago
O mandado de busca foi executado às 18h (horário local) e, de acordo com o jornal The Guardian, está relacionado a uma investigação que envolve Trump e a remoção ilegal de documentos confidenciais da Casa Branca para Mar-A-Lago, depois de encerrar os trabalhos como presidente.

A busca começou na manhã desta segunda-feira e os agentes dedicaram-se à área do clube onde estão os escritórios e aposentos pessoais de Trump. O The New York Times informa que os agentes federais, ao vasculharem a casa, removeram caixas de documentos confidenciais.

As buscas foram autorizadas por um juiz federal em West Palm Beach e executadas pelo FBI, uma vez que foi possível estabelecer uma causa provável de que Trump mantinha ilegalmente registos oficiais da Casa Branca na residência na Flórida. Ou seja, um crime estava sendo cometido.

Fontes próximas do Departamento de Justiça afirmam que enquanto a Administração Nacional de Arquivos e Registos (Nara) se preparava para transferir a documentação da Casa Branca de Trump para a comissão da Câmara que investiga a invasão do Capitólio em 6 de janeiro, descobriu que cerca de 15 caixas de materiais foram levadas indevidamente para Mar-a-Lago.

Trump atrasou a devolução de 15 caixas de material solicitadas por funcionários do Arquivo Nacional. Também era conhecido, durante todo o seu mandato, por rasgar documentos oficiais que deveriam ser mantidos para os arquivos presidenciais.

A própria presença de registros do governo no resort é crime em potencial, de acordo com ex-funcionários do FBI que falaram com o The Guardian sob condição de anonimato.

Para o ex-procurador-geral interino dos EUA, Matthew Whitake, a busca de hoje torna provável que Trump seja alvo de uma investigação criminal do departamento de justiça e sugeriu que o advogado deveria aconselhar Trump sobre uma possível prisão.

Nem o FBI, nem o Departamento de Justiça comentaram as buscas. A Casa Branca afirmou que não sabia previamente da operação do FBI.

Republicanos
Republicanos aliados de Trump se mostraram indignados com o ocorrido. Eles afirmaram que a busca demonstrava que o Departamento de Justiça estava motivado politicamente numa caça às bruxas. O líder da minoria na Câmara, Kevin McCarthy, destacou que a operação foi uma evidência de “politização armada” do Departamento de Justiça.

Para Trump, “tal ataque só poderia ocorrer em países descontrolados do Terceiro Mundo”.

A operação de busca à propriedade Mar-a-Lago ocorre numa altura em que o antigo presidente pondera uma terceira candidatura à Casa Branca.

Pesquisas de intenção de voto mostraram que, embora Trump tenha mantido a primazia no partido, um número significativo de republicanos afirmam que não o defendem numa ação de vingança contra o presidente Biden.

*Com informações de RTP

 

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