O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, uma medida que pode impactar diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores desses produtos para o mercado americano. Os decretos foram assinados na noite da última segunda-feira (10) e entrarão em vigor no dia 4 de março, segundo informações de agências internacionais.
A decisão de Trump reforça sua política protecionista, visando fortalecer a indústria nacional dos Estados Unidos. “Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras. Precisamos dessa medida para proteger o futuro da manufatura americana”, declarou o presidente. Ele também ressaltou que essa é apenas a primeira de muitas ações similares para proteger o setor industrial do país.
As tarifas serão aplicadas a todas as importações desses metais, sem exceções, atingindo também parceiros comerciais históricos, como Canadá e México, que são os principais fornecedores estrangeiros de aço e alumínio para os Estados Unidos. Além disso, Trump indicou que novas taxas sobre produtos como automóveis, medicamentos e chips de computador estão sendo consideradas.
Brasil: Um dos Maiores Impactados
O Brasil, que em 2024 foi o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, atrás apenas do Canadá, será duramente afetado pela medida. No último ano, as siderúrgicas brasileiras exportaram 4,08 milhões de toneladas de aço para os americanos, totalizando US$ 3 bilhões em vendas, o que representou 15,5% das importações totais do setor no país. O volume embarcado para os EUA teve um crescimento de 14,11% em relação a 2023, fazendo com que o Brasil superasse o México e assumisse a segunda posição entre os maiores fornecedores do mercado americano.
Não é a primeira vez que Trump adota barreiras comerciais contra esses produtos. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), ele também impôs tarifas sobre o aço e o alumínio importados, mas as restrições acabaram sendo retiradas posteriormente.
A decisão gerou preocupação entre siderúrgicas e autoridades brasileiras, que avaliam medidas para mitigar os impactos. O setor espera por possíveis negociações diplomáticas e estratégias comerciais que possam minimizar as perdas causadas pela nova política tarifária dos Estados Unidos.
