Por seis votos a dois os vereadores decidiram arquivar uma denúncia de infração político-administrativa contra o prefeito de Cerro Grande do Sul, Gilmar João Alba, o Gringo, referente ao contrato de aluguel de um veículo modelo Van para transportes de pacientes da secretaria Municipal de Saúde.
A votação ocorreu na sessão ordinária da segunda-feira, 27 de setembro, quando foram expostos em plenário os detalhes da denúncia feita pelo servidor púbico estadual Gerson Mylius Filho e que se aprovada poderia resultar na abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que iria investigar o caso, contudo a possibilidade foi sepultada pela maioria dos votos contrários ao aceite.
Segundo os documentos apresentados pela denúncia a administração pública municipal contratou a referida Van ao custo de R$ 25 mil mensais, mediante dispensa de licitação.
O denunciante considerou o valor exorbitante, além de que após investigação observou que veículos de uso pessoal do prefeito e de um secretário municipal, além de um caminhão utilizado para transportar de maquinário de propriedade do prefeito, pertencem a empresa Jorge Luis Nunes Silveira Junior EIRELI, mesma que foi contratada para prestar o serviço de Van à saúde municipal.
Ainda segundo a denúncia, ao terem sido expostas as supostas irregularidades, o contrato de aluguel da Van foi cancelado, após manifestação pública do secretário municipal, Júlio César Doze.
A pauta rendeu discussão na Casa de Leis quando alguns dos vereadores que defenderam o arquivamento justificaram que não houve prejuízo ao erário público, uma vez que o contrato foi cancelado e não pago. Também entenderam que a denúncia não era consistente para dar seguimento a um processo de investigação.
Já os dois vereadores que votaram pelo aceite da denúncia afirmaram que o papel do vereador é justamente o de fiscalizar as ações do Executivo e lamentaram as decisões contrárias, uma vez esta seria uma oportunidade de dar transparência às ações públicas municipais.
Na sequência a presidente Claudia Coutinho (MDB) colocou a denúncia em votação nominal quando somente os vereadores Serginho Neumann (PT) e Karen Eymael (PTB) votaram pelo prosseguimento das investigações. Votaram pelo arquivamento os vereadores Marivan Vargas [suplente] (PSL), Dionatan Carlos Lietz (PSL), Geraldo Medeiros (PSL), Evaldo Souza (PDT), Sirlei Teresinha da Silveira [suplente] (PP) e Ronaldo Laux [suplente] (MDB).
