Nos dias 19 a 23 de fevereiro de 2018, os artesãos pertencentes à Associação dos Produtores da Agricultura Familiar de Tapes (APAFTAPES), estarão organizando uma semana de atividades voltadas à conservação pelo uso sustentável do butiá. O evento foi idealizado no final do ano de 2016, a partir de uma oficina de culinária e artesanato ministrada pela EMBRAPA Clima Temperado, juntamente com a demonstração de uma despolpadeira realizada pela FEPAGRO, que auxiliou os produtores a utilizar a máquina em benefício do butiá, além dos cursos de artesanatos com a folha do butiazeiro ministrado pelo SENAR e o acompanhamento contínuo da EMATER/RS-ASCAR de Tapes que foram fundamentais para a construção deste projeto.
O objetivo desta ação, idealizada pela APAFTAPES, é incentivar a conservação da espécie e valorizar a geração de renda promovida pelas atividades da agricultura familiar local, a partir do uso da palmeira do butiá e, por meio de oficinas, palestras, atividades interativas e divulgação dos diversos produtos culinários e artesanais confeccionados, intensificar e fortalecer a proteção dos recursos disponíveis na natureza. A 1ª Semana de Atividades Sobre o Uso Sustentável do Butiá conta com o apoio de diversos parceiros, tais como: EMATER/RS-ASCAR (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural), UERGS (Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – Unidade em Tapes), EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Banco SICREDI e Lagoa TV Notícia.
O evento será realizado no interior do Mercado Público do município e sua abertura contará com música ao vivo, palestras sobre a história do butiá na região e a trajetória dos agricultores, até a inauguração da feira onde comercializam seus produtos, além de vídeos sobre os butiazais de Tapes e Rota Internacional dos Butiazais liderada pela EMBRAPA em Pelotas/RS. Cada oficina terá número de inscritos de, no máximo, 15 participantes, sendo que, nenhuma das atividades será fornecida certificações.
Ao final do evento, espera-se o despertar sobre a importância da relação entre as ações promovidas pelo uso do butiá e a agricultura familiar, que mantém o cuidado com os recursos da sociobiodiversidade e acredita que o respeito, entre homem e natureza, seja a alternativa para o reconhecimento sociocultural construído pelas comunidades, meio ambiente e outras sociedades.