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sábado, novembro 23, 2024

Homem ganha indenização de R$ 2,1 milhões após ganhar festa de aniversário surpresa no trabalho

Homem receberá indenização referente ao dinheiro perdido com a demissão e à reparação pelo estresse emocional

 

Um morador do estado de Kentucky, nos Estados Unidos, vai receber US$ 450 mil (cerca de R$ 2 milhões, em conversão direta) de indenização depois de ser demitido por ter tido um ataque de pânico em seu local de trabalho por conta de uma festa de aniversário surpresa organizada pelos seus colegas. O valor da indenização contempla a reparação pela perda de receita e o estresse emocional. As informações são do jornal The New York Times.

Kevin Berling trabalhava no laboratório médico Gravity Diagnostics há cerca de dez meses quando o caso aconteceu. Na ocasião, ele pediu para que seu gerente não fizesse uma festa surpresa para ele por conta de seu transtorno de ansiedade, segundo o processo iniciado no Tribunal de Justiça de Kenton.

Com o gerente fora da empresa, os colegas de Berling planejaram a festa. Quando o funcionário soube que o evento aconteceria no horário do almoço, ele optou por passar o intervalo dentro de seu carro. No dia seguinte, Berling foi confrontado por dois supervisores por conta de seu “comportamento sombrio”, o que o levou a um ataque de pânico.

O homem teve ataques de ansiedade e alega ter sido demitido depois por retaliação

Três dias depois, o funcionário foi demitido por e-mail, em uma mensagem que sugeria que ele representava uma ameaça à segurança dos colegas. Na ação, a empresa se defende dizendo que Berling foi demitido por ter sido “violento” na reunião.

Um mês depois do ocorrido, em setembro de 2019, o homem processou a empresa por discriminação por deficiência. No fim de março deste ano, o júri decidiu que Berling deveria receber US$ 150 mil em indenização pela perda de renda e benefícios e US$ 300 mil pelo constrangimento e pela perda de autoestima.

No sábado (16), o advogado do laboratório Gravity Diagnostics, John Maley, disse que a empresa vai recorrer da decisão. Ele argumentou que o funcionário nunca revelou seu transtorno de ansiedade, o que impediria que o processo por discriminação por deficiência ocorresse.

O advogado ainda disse que a forma como Berling agiu na reunião, fechando os punhos e ficando muito vermelho, assustou os presentes. “Eles tiveram medo real de sofrer dano físico naquele momento”, disse Julie Brazil, fundadora e diretora executiva do Gravity Diagnostics. “Eles continuam abalados com o ocorrido”.

Já o advogado de Berling afirma que o cliente usou técnicas de contenção física para se acalmar durante a crise de pânico. O processo ainda mostra que, horas após a reunião, o funcionário enviou uma mensagem a um dos supervisores se desculpando pelo ocorrido.

Por Brasil Econômico

Redação CLICR
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