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sexta-feira, novembro 22, 2024

Opas alerta sobre casos de covid e outras doenças nas Américas

Os casos de covid-19 nas Américas aumentaram 10,4% na semana passada em relação à anterior. As Américas registraram mais 1.087.390 casos de coronavírus e 4.155 mortes na última passada.

Durante entrevista coletiva, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou que os casos na América do Sul aumentaram 43,1%, sendo este o maior salto na região, enquanto o maior aumento nas mortes relacionadas à covid-19 ocorreu na América Central, com 21,3%. Segundo a Opas, os casos na região vêm crescendo nas últimas seis semanas.

Entretanto, os países também devem ficar atentos à expansão de outros vírus respiratórios na região. O alerta foi realizado ontem (1º) pela Opas. Segundo a diretora da organização, Carissa Etienne, doenças como influenza, varíola dos macacos e hepatite viral também estão aumentando. “O vírus da gripe está circulando novamente e não apenas durante a sua temporada tradicional”, afirmou. Carissa destacou que “os países devem expandir a vigilância para monitorar outros vírus respiratórios, não apenas a covid”.

México e Peru têm registrado maior número de casos de gripe do que o esperado, e Argentina, Chile e Uruguai relataram mais hospitalizações do que o habitual devido ao vírus.

A Opas alertou que muitos lugares podem enfrentar a dupla ameaça de um surto de gripe ao lado de um aumento nos casos de covid-19, “o que colocará os profissionais de saúde, idosos e mulheres grávidas em risco adicional”.

O aumento de eventos climáticos extremos, como furacões, chuvas fortes e inundações em muitas partes das Américas, é outra pressão para os serviços de saúde na região, disse a diretora.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos e o Sistema de Integração da América Central esperam ver mais tempestades do que a média este ano, disse a Opas, especialmente no Atlântico, Golfo do México e Caribe.

“Isso é preocupante, pois basta uma grande tempestade para destruir os meios de subsistência das pessoas, paralisar nossos sistemas de saúde e levar a inúmeras vidas perdidas”, disse Carissa. “Devemos nos preparar cedo para não sermos pegos de surpresa.”

*Com informações de Reuters

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