A vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi ameaçada com uma arma de fogo por um agressor não identificado na noite desta quinta-feira (1º). De acordo com a polícia, ela permaneceu ilesa porque a não disparou.
O incidente ocorreu em um momento de atritos políticos e sociais na Argentina. A vice-presidente está em meio a um julgamento por acusação de corrupção ligada a contratos públicos concedidos no início dos anos 2000.
O ataque aconteceu quando Cristina saía de um carro do lado de fora de sua casa em Buenos Aires, onde centenas de apoiadores se reuniram. Imagens de vídeo mostraram um homem segurando uma pistola ao lado de sua cabeça.
Seu suposto agressor, identificado pelas autoridades como um homem de 35 anos de origem brasileira, foi rapidamente preso pela polícia e a arma apreendida. O presidente Alberto Fernandez disse que a arma estava carregada com cinco balas.
O ministro da Economia, Sergio Massa, chamou o incidente de tentativa de assassinato. “Quando o ódio e a violência prevalecem sobre o debate, as sociedades são destruídas e surgem situações como essas”, tuitou o ministro da Economia, que foi recentemente nomeado para enfrentar a crise nacional.
A Argentina está atolada em uma profunda crise econômica impulsionada por níveis crescentes de dívida e inflação que desencadeou protestos de rua.
Ainda, Cristina pode enfrentar uma sentença de 12 anos e uma possível desqualificação do cargo público se for condenada pelas acusações, negadas por ela. A vice-presidente tem sido amplamente esperada para concorrer ao Senado e possivelmente à presidência novamente no próximo ano.
*Com informações de Reuters