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sexta-feira, novembro 22, 2024

Governo avalia mecanismos de estímulo ao uso de calcário nas lavouras para correção do solo gaúcho

Produto chega a aumentar em 30% a produtividade de grãos

 

A avaliação do uso do calcário nas lavouras gaúchas foi o tema que uniu as secretarias estaduais da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Rural, com os respectivos titulares das pastas, Giovani Feltes, Ernani Polo e Ronaldo Santini, no fim da manhã da quinta-feira (16), na sede da pasta da Agricultura, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre.

 

O objetivo é avaliar a construção de um mecanismo para estimular o uso de calcário na correção do solo, medida que reduz sua acidez e o torna mais resistente à estiagem. O Estado tem uma indústria com condições de disponibilizar calcário para toda a área agrícola, mas a demanda atual está abaixo da capacidade produtiva das plantas. Representantes do Sindicato da Indústria do Calcário do Rio Grande do Sul (Sindicalc-RS) e da Emater/RS-Ascar participaram do encontro técnico.

 

Os secretários estão alinhando de forma conjunta como apoiar o setor de calcário. Uma das formas é aumentar a conscientização dos produtores rurais sobre os resultados de lavouras com uso do fertilizante, por meio da parceria com a Emater/RS-Ascar, órgão fundamental na assistência técnica ao produtor rural e que, dessa forma, tem contato direto com quem produz lá na ponta. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também deverá ser convidada a participar em uma ação em sintonia com a Emater.

 

O secretário Giovani Feltes ressaltou que o uso do calcário agrega valor às lavouras. “Precisamos incentivar os produtores para que comecem a utilizar e se atentem da importância para a conservação do solo e para aumento da produtividade”, destacou.

 

Conforme o secretário de Desenvolvimento Econômico do RS, Ernani Polo, todo manejo que contribui para aumento de produção e de produtividade das lavouras deve chegar até o produtor. “Temos dez indústrias de calcário, mas que estão produzindo menos do que a sua capacidade”, afirma. Polo ainda acrescentou que essas empresas geram cerca de 1,8 mil empregos diretos e cerca de 7 mil empregos indiretos no Estado. “Esses números podem dobrar se os produtores conhecerem melhor os benefícios do uso do produto”, acrescentou.

Foto: Júlia Chagas/Ascom Seapi

Na oportunidade, Ernani Polo lembrou que programa “Conservar para Produzir Melhor”, de conservação do solo e da água, lançado quando esteve à frente da pasta da agricultura (2015-18), como forma de enfrentamento à estiagem, “vai ao encontro do estímulo ao uso do calcário, pois amplia a produtividade das lavouras e corrige o solo”, comentou.

 

O titular da pasta de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, realçou que a correção de solo é fundamental para que se ampliar nossa capacidade de produção de recuperação de solo. “Os dados apresentados pela Emater reconhecem a necessidade de estimularmos essa prática de forma permanente por parte dos nossos agricultores”, frisou.

 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Calcário do Rio Grande do Sul (Sindicalc-RS), Carlos Cavalheiro, o calcário aumenta a produtividade em 30% da lavoura. Cavalheiro destacou que a produção atual de calcário é de 3,5 milhões de toneladas por ano e o RS consome 4 milhões de toneladas por ano, sendo 500 mil quilos vindos de Santa Catarina e Paraná por questões geográficas, já que esse volume abastece locais próximos a esses estados, o que permite menor custo com frete.“Nossos estudos, com base nos dados dos órgãos oficiais, indicam que a área agricultável do RS precisa de 10 milhões de toneladas”, pontuou. As dez empresas estão distribuídas em quatro municípios gaúchos, sendo eles, Caçapava do Sul, Pantano Grande, Arroio Grande e Hulha Negra. Também esteve presente na reunião o diretor executivo do Sindicalc, Roberto Zamberlan e ex presidente da entidade.

POR ASCOM AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO E SDR

Redação CLICR
Redação CLICR
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