Um homem e uma mulher foram condenados pelo latrocínio (roubo com morte) do taxista Werno Peglow, de 66 anos. O crime foi registrado no dia 22 de junho de 2022, em Camaquã, no sul do Estado. Criminosos receberam pena de 30 anos de reclusão em regime fechado.
Na data do crime, a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados por populares que viram um veículo em chamas próximo a sede da Associação Dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro, a cerca de 2 km da BR-116, em uma estrada que liga o Banhado do Colégio, interior do município, à zona urbana de Camaquã.
No local, os agentes encontraram o carro incendiado e o corpo de Peglow carbonizado dentro do veículo.
Conforme a investigação, o taxista foi atingido por golpes de faca e teve o celular e R$ 3 mil furtados. Na sequência, os criminosos atearam fogo no carro e fugiram a pé.
No dia 15 de agosto do ano passado, um homem e uma mulher foram presos suspeitos de serem os autores do crime. O homem, de 28 anos, confessou o homicídio. Ele já tinha sido condenado a 14 anos, um mês e 10 dias de prisão por roubo e usava tornozeleira eletrônica. Dias depois, ele rompeu o equipamento para dificultar a sua localização. Com a quebra do sigilo da tornozeleira, foi possível constatar que o trecho percorrido por ele e horários coincidiam com as informações do crime.
A mulher, de 31 anos, também assumiu o envolvimento no crime, porém, a polícia encontrou inconsistências no depoimento dela e continuou investigando. Posteriormente, diligências realizadas demonstraram que a mulher possuía um álibi, confirmando que, na data do crime, a até então suspeita estava trabalhando.
Ainda, o surgimento de novas testemunhas levou a polícia a descobrir a identificação da verdadeira envolvida no caso. A mulher, de 29 anos, era companheira do indivíduo que já se encontrava preso.
Em razão desses novos elementos, foi solicitada a revogação da prisão temporária da até então suspeita é representada pela prisão temporária da nova investigada. O Poder Judiciário acolheu a nova tese e deferiu a prisão, que ocorreu no dia 25 de agosto, em Porto Alegre.
Em depoimento, a mulher confessou que a intenção era apenas assaltar o taxista, no entanto, o companheiro acabou esfaqueando a vítima.
A sentença foi assinada na última quinta-feira (15). O homem também foi condenado a 10 meses e 15 dias de detenção pelo dano qualificado ao causar o incêndio no veículo. Já a mulher recebeu pena de mais nove meses e 10 dias de detenção.
A defesa pode recorrer da sentença condenatória, contudo, os acusados seguem recolhidos no sistema prisional e não poderão recorrer em liberdade.