RTP
O número de novos casos diagnosticados de tuberculose em 2022 atingiu 7,5 milhões, o maior número desde que os casos começaram a ser notificados, anunciou nesta terça-feira (7) a Organização Mundial de Saúde (OMS).
– Este é o número mais elevado desde que a OMS iniciou o monitoramento global da tuberculose em 1995, acima da base de referência pré-covid (e anterior pico histórico) de 7,1 milhões em 2019 – acrescentou a organização no Relatório Global de Tuberculose 2023.
Durante os anos 2020 e 2021, o número de casos diagnosticados baixou para 5,8 e 6,4 milhões, respetivamente, devido à pressão provocada pela pandemia de covid-19 nos sistemas de saúde. O aumento de casos revela, por isso, “uma recuperação significativa na expansão dos serviços de diagnóstico e tratamento da tuberculose em 2022”, concluiu a OMS.
No ano passado, “a tuberculose foi a segunda doença infecciosa que mais matou em todo o mundo, depois da covid-19” e também “a principal causa de morte de pessoas com VIH e uma das principais causas de morte relacionadas com a resistência antimicrobiana”.
A OMS estima que 10,6 milhões de pessoas tenham sido infectadas em 2022, uma taxa de incidência que registrou um aumento de 3,9% entre 2020 e 2022, invertendo os declínios anuais dos últimos 20 anos.
Globalmente, em 2022, a estimativa de mortes por tuberculose foi de 1,3 milhão, incluindo 167 mil pessoas com HIV.
Oito países foram responsáveis por mais de dois terços do total mundial: Índia, Indonésia, China, Filipinas, Paquistão, Nigéria, Bangladesh e República Democrática do Congo, informou a OMS, destacando que os “esforços globais de combate à doença ajudaram cerca de 75 milhões de pessoas desde o ano 2000”.
Segundo a OMS, estima-se que 410 mil pessoas desenvolveram tuberculose multirresistente em 2022. Apesar disso, a taxa de sucesso do tratamento da doença resistente aos medicamentos foi de 63% a nível mundial.
