O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, é mais do que apenas uma homenagem às mulheres. Sua origem remonta ao início do século 20 e está enraizada na luta das mulheres por igualdade de direitos e melhores condições de trabalho.
Diferentemente de outras datas comemorativas, o 8 de Março não foi criado pelo comércio, mas tem profundas raízes históricas. Oficializado pela ONU em 1975, o Dia Internacional da Mulher é um lembrete das conquistas políticas e sociais das mulheres ao longo dos anos.
A história de luta das mulheres remonta a décadas anteriores ao século 20, mas foi no início desse século que as mobilizações ganharam força. Em Nova York, em 1909, cerca de 15 mil mulheres marcharam exigindo melhores condições de trabalho, marcando possivelmente o primeiro “Dia Nacional das Mulheres” americano.
Na Europa, a alemã Clara Zetkin propôs, em 1910, a criação de uma jornada de manifestações durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas. Embora sem uma data específica, o primeiro Dia das Mulheres foi oficialmente celebrado em 19 de março de 1911.
No entanto, o 8 de março prevaleceu como a data mais significativa, graças aos protestos na Rússia em 1917, que levaram à Revolução Russa. Um grupo de operárias saiu às ruas em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo, que corresponde a 8 de março no calendário gregoriano.
Após a revolução, o 8 de março foi oficializado entre os soviéticos como uma celebração da “mulher heroica e trabalhadora”. Em 1975, a ONU oficializou o Dia Internacional da Mulher como parte do Ano Internacional das Mulheres.
Hoje, o 8 de março é um dia de reivindicação por igualdade de gênero e manifestações ao redor do mundo. No Brasil, a data é marcada por protestos contra a violência e pela igualdade salarial. Apesar das décadas de luta, os desafios persistem, mas o 8 de março continua sendo um lembrete da importância de continuar avançando na busca por direitos iguais para todas as mulheres.
