A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul alerta para a importância da vacinação antitetânica, especialmente entre os idosos, devido ao aumento no número de casos registrados no primeiro semestre de 2024 em comparação ao ano anterior. Segundo dados, até junho deste ano, foram confirmados 14 casos de tétano acidental, resultando em três óbitos, números que igualam todo o ano de 2023.
Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunizações da SES, enfatiza a necessidade de manter a vacinação atualizada a cada dez anos, principalmente para pessoas com mais de 60 anos. “O tétano é uma doença grave que pode ser fatal”, destaca. A doença é causada pela bactéria Clostridium tetani, encontrada no solo, fezes de animais e outros ambientes contaminados.
O risco de mortalidade é significativamente maior entre os idosos, com uma letalidade de até 61,1% em indivíduos com mais de 80 anos. A infecção ocorre pela contaminação de ferimentos com esporos da bactéria, sendo a vacinação a principal medida preventiva disponível em todas as unidades básicas de saúde.
Quem Deve se Vacinar:
- Crianças: Devem seguir o calendário vacinal que inclui doses de vacina pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, com reforços aos 15 meses e 4 anos.
- Adultos: Após a infância, um reforço a cada dez anos é recomendado para manter a imunização.
- Gestantes: Devem ser vacinadas em todas as gestações para proteger tanto a si mesmas quanto seus bebês.
Em caso de ferimentos que possam estar contaminados com tétano, especialmente para aqueles que já completaram o esquema vacinal, pode ser recomendado o uso de soro antitetânico e imunoglobulina humana antitetânica como medida adicional de proteção.
A vacinação contra o tétano não apenas protege o indivíduo vacinado, mas também contribui para a redução da disseminação da doença na comunidade. Manter-se informado e atualizado sobre o calendário vacinal é fundamental para garantir a proteção contra essa enfermidade potencialmente fatal.