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domingo, novembro 24, 2024

Semana Farroupilha e Dia do Gaúcho

A Semana Farroupilha é um evento festivo da Cultura gaúcha, que se comemora de 13 a 20 de setembro com desfiles em homenagem a líderes da Revolução Farroupilha. O evento é dedicado ao marco da Revolução Farroupilha, liderada pelo gaúcho Bento Gonçalves no século XIX.

A comemoração relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha. Nesse movimento revolucionário, que tinha como ideal liberdade, igualdade e humanidade, e durou cerca de dez anos, sendo a mais longa revolução do Brasil, mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos.

Durante a semana farroupilha os gaúchos montam acampamentos e comemoram, tomando chimarrão e celebrando com desfiles e shows. Usam vestimentas a caráter: as prendas usam vestidos rodados e os homens bombacha, lenço, guaiaca e chapéu. Ocorre em todas as cidades gaúchas e algumas regiões de Santa Catarina.

 

Origem da Semana Farroupilha:

Há 77 anos, à meia noite do dia 7 de setembro de 1947, antes do Fogo da Pátria ser extinto, Paixão Côrtes, Cyro Ferreira, Antônio Siqueira, Orlando Degrazia, Fernando Vieira, Cyro Costa, Cilço Campos e João Vieira, compunham “Os oito bombachudos”, como viriam a ficar conhecidos.

Eles capturaram uma fagulha da chama da Pira da Pátria utilizando um cabo de vassoura com trapos enrolados na ponta e transladaram esta fagulha a cavalo até o saguão do colégio Júlio de Castilhos, situado na cidade de Porto Alegre, onde esta permaneceu acesa em um candeeiro crioulo até o dia 20 de setembro em homenagem a os líderes farroupilhas. Estava então formada a 1ª Ronda Crioula da História. Durante esta ronda foram realizadas muitas atividades artístico-culturais com apresentações de gaiteiros, declamadores, dançarinos etc. Participaram da festividade Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glaucos Saraiva. E para encerrar a 1ª Ronda Crioula, foi realizado o 1° Baile Gauchesco da história, o popular Fandango, no Teresópolis Tênis Clube de Porto Alegre, que contou com churrasco, pastel de carreira, café de chaleira, hora de artes e concursos de trajes gaúchos, que hoje são popularmente conhecidos por pilchas.

Paixão Cortes foi reconhecido como o maior símbolo do tradicionalismo no Rio Grande do Sul. Ele foi imortalizado em 1954, quando foi construída a obra do Laçador, do escultor Antônio Caringi, para o qual Paixão Cortes posou.

 

Porque comemorar esta Revolução?

A intenção dos Oito Bombachudos, em um ambiente em que a sociedade negava hábitos, costumes e tradições gauchescas, é retomar o sentimento de orgulho das coisas tradicionais. Este processo de comemorações começou em um movimento estudantil com alunos de diversas camadas sociais e segmentos étnicos, que levantou-se em favor das tradições. O objetivo era achar uma trilha diante da perda da fisionomia regional; combater a descaracterização; reagauchar o Rio Grande. Em suma: procuravam a identidade da terra gaúcha.

E este movimento triunfou e ganhou espaço, não só no Rio Grande do Sul, mas em todas as regiões povoadas por gaúchos e que tem sua história escrita a partir dos costumes sulistas.

 

Dia do Gaúcho – 20 de Setembro

Especialmente no dia 20 de Setembro comemora-se o Dia do Gaúcho, sendo feriado no estado do Rio Grande do Sul desde 1996 quando esta data foi oficializada. Neste dia em especial o povo Riograndense relembra a sua história, os acontecimentos da Revolução Farroupilha, sendo através de desfiles que peões e prendas realizam, geralmente, montados em seus cavalos utilizando a pilcha gaúcha, os CTG´s também realizam em seus centros festejos através das danças tradicionalistas gaúchas para homenagear em especial os líderes do movimento da revolução.  Esta comemoração está inserida na Semana Farroupilha, sendo que oficialmente ocorre no último dia.

Comemorar a Semana Farroupilha é comemorar a história de um povo que tem identidade, cultura e tradição, é reviver e rememorar os caminhos e processos que definiram nosso território e nossas características!

Redação CLICR
Redação CLICR
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