O Grêmio vive um momento de transformação tática sob o comando do técnico Gustavo Quinteros. Após um ano conturbado em 2024, marcado por problemas defensivos e instabilidade na zaga, o clube parece ter encontrado um novo rumo com o esquema 4-2-3-1 adotado pelo treinador argentino, naturalizado boliviano. A mudança não se limita apenas à formação, mas também à filosofia de jogo, que prioriza a posse de bola, a saída eficiente da defesa e ataques rápidos e letais.
Um dos principais desafios do Grêmio na temporada passada foi a defesa. A dupla de zagueiros Geromel e Kannemann, outrora uma das mais sólidas do futebol brasileiro, enfrentou problemas físicos e disciplinares. Geromel sofreu com lesões graves, enquanto Kannemann perdeu parte de sua eficiência, acumulando cartões amarelos e vermelhos que prejudicaram o time em momentos cruciais. A situação chegou a ser tema de discussão, com alguns torcedores até sugerindo uma “perseguição” dos árbitros ao argentino.
Quinteros, no entanto, chegou com ideias claras para resolver esses problemas. O treinador tem trabalhado intensamente para que os zagueiros saiam jogando com mais segurança e domínio da bola, conduzindo-a até o campo adversário. Essa abordagem não apenas reduz a pressão sobre a defesa, mas também permite que o Grêmio construa suas jogadas de forma mais organizada e eficiente. A zaga, antes um ponto frágil, agora se tornou uma peça-chave no sistema de Quinteros.
Outro aspecto notável da tática do novo comandante é o papel dos volantes. Quinteros prefere ter menos jogadores envolvidos na saída de bola e mais opções no ataque, o que resulta em um futebol dinâmico e ofensivo. Essa estratégia tem permitido ao Grêmio realizar transições rápidas, com ultrapassagens e infiltrações que desestabilizam as defesas adversárias. Os pontas, por sua vez, têm atuado com mais liberdade, focando principalmente no ataque e menos nas tarefas defensivas.
No entanto, essa abordagem também traz riscos. Com os pontas menos envolvidos na marcação, o Grêmio fica mais suscetível a contra-ataques, especialmente quando perde a posse de bola em áreas avançadas. Ainda assim, Quinteros parece disposto a correr esse risco em troca de um futebol mais vibrante e ofensivo, que tem agradado a torcida tricolor.
A mudança de mentalidade é evidente. O Grêmio de 2025 não é mais um time que depende apenas de um jogo cadenciado e previsível. Sob o comando de Quinteros, o clube aposta em velocidade, criatividade e intensidade para superar os adversários. Se a nova tática continuar a render frutos, o Grêmio pode se tornar uma das equipes mais temidas do futebol brasileiro nesta temporada.
Com Gustavo Quinteros no comando, o Grêmio não apenas busca resolver seus problemas defensivos, mas também reinventa seu estilo de jogo, prometendo emoção e resultados para a apaixonada torcida tricolor.
