Localizado no centro da cidade, o Bar do Paulinho é muito mais que um simples estabelecimento comercial, mas também um local onde os amigos de longa data se encontram para uma boa prosa. Mas o que chama mais a atenção no local, principalmente dos visitantes, é a coleção de antiguidades expostas do bar.
Inicialmente, o local era um espaço de lazer na residência do comerciante Paulo Jorge Vieira (63), o Paulinho, como é carinhosamente conhecido na cidade. Paulinho revelou ao jornal Regional que sempre admirou de peças antigas, mas nunca imaginou que iria reunir tantos objetos em seu bar.
“Desde criança sempre me chamou a atenção objetos antigos e quando abri o bar, coloquei umas panelas de ferro para enfeitar o local”, lembrou.
Conforme os clientes iam chegando, perguntavam se aqueles objetos eram coleção. Ele então respondia: “Não exatamente, mas gosto de antiguidades”. Segundo Paulo, seus clientes depois de saberem que ele gostava de peças antigas acabavam lhes trazendo outros objetos. Hoje 15 anos depois o local já está pequeno para tantos presentes. “Tudo que tenho aqui são presentes que ganhei de amigos e clientes. Por isso sempre digo: isso tudo não é meu, é de todos que ajudaram a compor este lugar”, destacou.
Os objetos são os mais variados, como um liquidificador manual, máquina fotográfica da década de 1830, televisores, filmadoras, disco de vinil, lampiões, serrote, celulares antigos, dentre muitos outros objetos considerados relíquias. Um dos destaques é o ventilador de teto que tem duas pequenas turbinas de avião que fazem uma tremenda “ventania” no ambiente. Paulinho disse que já recebeu inúmeras propostas de pessoas interessadas em comprar alguns dos seus objetos, principalmente o seu chamativo ventilador, mas que não pensa em se desfazer dos objetos.
Em seu acervo existem algumas peças ligadas à história local, é o caso de um serrote que o Padre Coniberto Pool, da Paróquia de Arambaré, confeccionou artesanalmente e lhe presenteou. Tem ainda uma réplica de um barco feito por um adolescente do bairro Caramuru. Outros inusitados como um par de tamancos que era de um morador local e hoje faz parte da coleção.
Há ainda obras da natureza, como as duas casas de barro, uma feita pelo conhecido João de Barro e a outra por marimbondos. “Essa eu ganhei de um moço que mora na fazenda, como são em tamanhos maiores ele achou que seria interessantes expô-las aqui”, disse o contente Paulinho.
Natural de Camaquã, o comerciante mora em Arambaré há mais de trinta anos. Ele fica feliz em saber que seu bar já virou ponto turístico da cidade.
No Bar muitas peças são usadas para uso, entre estas está uma roda de madeira, utilizada como porta copos. A máquina registradora dá um charme especial ao ambiente.
Recentemente Paulinho ganhou de presente dois telefones antigos, sendo que um deles foi o primeiro equipamento deste tipo utilizado pela empresa Frederes, com mais de 40 anos de idade.