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segunda-feira, janeiro 27, 2025

Adolescente suspeito de matar policial civil acumula histórico de infrações graves

O adolescente de 17 anos suspeito de matar o policial civil Daniel Abreu Mendes, de 40 anos, na manhã de terça-feira (21), já havia sido apreendido duas vezes em 2024. Seu histórico de atos infracionais inclui envolvimento em um homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com o delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o jovem é investigado pela morte de uma adolescente ocorrida em 2023, em Butiá. Ele chegou a ser colocado em internação provisória em 16 de abril de 2024, mas foi libertado em 13 de maio devido ao não oferecimento de representação pelo Ministério Público (MP) dentro do prazo previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O caso segue em tramitação, aguardando a realização de audiências.

Uma segunda apreensão ocorreu em julho, quando o adolescente foi flagrado portando uma arma de fogo e ameaçando rivais. Ele foi internado na Fase no dia 25 do mesmo mês. Apesar disso, em dezembro, após uma avaliação judicial, o jovem teve progressão para liberdade assistida, com base em relatórios que indicavam comportamento colaborativo e bom relacionamento familiar. A medida previa monitoramento por seis meses, período que ainda estava em vigor no momento do novo crime.

Na terça-feira, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em Butiá, o policial Daniel Mendes foi baleado pelo adolescente, segundo a Polícia Civil. Mendes chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Ele foi atingido no pescoço e em uma área não protegida pelo colete à prova de balas. Uma criança de seis anos, filha da suspeita principal da operação, foi ferida de raspão na cabeça, mas passa bem.

A mulher investigada, de 26 anos, foi presa em flagrante por tráfico de drogas. Conforme o delegado regional Nedson Ramos, o adolescente é apontado como companheiro da mulher e teria efetuado os disparos contra o policial logo ao entrar no quarto da residência.

O caso reforça debates sobre a efetividade das medidas socioeducativas e a necessidade de ajustes no sistema de justiça juvenil frente a situações de reincidência.

FOTO/REPRODUÇÃO: Redes Sociais

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