A importância do setor do tabaco foi apresentada nesta quinta-feria (05/10) durante a reunião almoço da Associação Comercial e Industrial de Camaquã (Acic), no centro-sul do Rio Grande do Sul, pelo presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcilio Laurindo Drescher. Para abrir a reunião, a presidente da Acic, Paola Longaray Fonseca, agradeceu a Afubra pela presença. “A Afubra é parceria nossa e do município, proporcionando ações para o produtor e para o comércio. O produtor é importante para nós, pois movimenta os nossos negócios”.
Camaquã é o sexto maior produtor de tabaco do Rio Grande do Sul e o 12º no Sul do Brasil, com 2.253 famílias produtoras que produziram 11.023 toneladas em 5.101 hectares e que tiveram um faturamento bruto de R$ 193.568.463,16, na safra 2022/2023. “Temos que ter em mente que o setor movimenta não somente o interior, mas, desde a produção de insumos, transportes, geração de empregos, tanto no campo ou na cidade”.
Drescher enfatizou que o produtor de tabaco é diversificado. “Nossas pesquisas, na safra 2022/2023, mostram que 59% da renda é do tabaco, mas é incrementada com 12% da renda de origem vegetal e 29% de origem animal. Porém, para o produtor ter o mesmo faturamento que tem com um hectare de tabaco é preciso 6,37 hectares de soja ou 7,66 de milho”, explicou.
Sobre a Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 10) e a Terceira Sessão da Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilegal de Produtos do Tabaco (MOP 3), que acontecem no Panamá, em novembro, o presidente da Afubra disse que a principal preocupação do setor é o posicionamento do Brasil. “Não temos acesso, como representação dos produtores de tabaco, para levar as informações. E estamos solicitando que sejamos ouvidos para que possamos contribuir na posição do Brasil na conferência das partes”.
Saiba mais: Marcilio Laurindo Drescher nasceu em 16 de março de 1952, em Cunha Porã, no Estado de Santa Catarina. É filho primogênito do casal de agricultores, plantadores de tabaco, Lindolfo e Ilga Dahlke Drescher. É casado com Rosane Rampanelli, com quem tem um filho. Tem, ainda, dois filhos do primeiro casamento. No exercício militar, teve a oportunidade de prestar serviços nos “Dragões da Independência”, em Brasília, onde aprendeu a importância da disciplina. Iniciou suas atividades profissionais como pequeno agricultor, plantador de tabaco, o que lhe facultou o convite, em 1977, para integrar a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cunha Porã/SC, onde atuou como diretor por 29 anos consecutivos. Por dois mandatos, integrou o Conselho-Diretor da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc). Sempre teve ativa participação em serviços sociais, em instituições recreativas, esportivas, culturais, tendo presidido, por dois mandatos, a Fundação Assistencial e Hospitalar de Cunha Porã. Ingressou no Conselho Fiscal da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) em 1995 e permaneceu na função por duas gestões. Em 2003, foi convidado a ocupar a vice-presidência. Assumiu, em março de 2006, com o falecimento do então presidente Hainsi Gralow, a presidência da Afubra, cargo no qual permaneceu até julho/2007, quando passou a tesoureiro da Entidade, cargo no qual permaneceu até julho/2023, quando assumiu a presidência da entidade.
Texto e fotos: Jorn. Luciana Jost Radtke