Na última quarta-feira (21/10) ocorreu a primeira entrega de produtos da agricultura familiar para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em Camaquã neste ano. Além de beneficiar mais de 200 famílias em vulnerabilidade social com duas toneladas de produtos divididos em cestas diversificadas com 14 diferentes produtos oriundos da agricultura familiar local, o programa representa uma importante alternativa de renda aos agricultores.
“Tudo isso foi conseguido graças ao planejamento feito pelas instituições envolvidas e os agricultores, ao apoio e orientação da Assistência Técnica e Extensão Rural e Social que agiram com determinação, força de vontade, politicas públicas e bons projetos. Esta é a receita para se ter bons resutados na agricultura familiar”, declara o extensionista da Emater/RS-Ascar, André Luiz Conceição.
Dentre os 22 agricultores familiares que entregaram seus produtos nesta primeira etapa, estavam a jovem Hellen Silva Rackow e sua mãe Geneci Costa e Silva. Hellen foi beneficiada no ano passado com a Bolsa Juventude Rural, concedida pela Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e conta com acompanhamento da Emater/RS-Ascar e apoio da Secretaria Municipal da Agricultura. Com apoio destas entidades e o dinheiro do Bolsa foi elaborado um projeto que consistia em diversificar as atividades da propriedade com o cultivo e comercialização de hortaliças. Segundo Conceição, “é gratificante poder acompanhar todas as etapas e ver um projeto tão importante sair do papel”.
“A família traçou, juntamente conosco, um planejamento para diversificar a propriedade e com o esforço de todos, principalmente delas, os resultados começam, literalmente, a ser colhidos. Após a construção de um açude na propriedade, estamos instalando um sistema de irrigação na área da horta e a família já está estudando as ações necessárias para qualificar e ampliar a criação de aves”, conclui o extensionista.
Para a coordenadora local do PAA, Tamara Soares Couto, a participação de jovens em programas como este é fundamental, pois além de ampliar o número de famílias participantes eles estão produzindo alimentos, permanecendo no meio rural e gerando renda.
Já para o secretário municipal da agricultura, Mauricio Buchorn, “O PAA representa uma importante alternativa que beneficia tanto as famílias em vulnerabilidade quanto os agricultores que têm a possibilidade de comercializar seus produtos no município, e a identificação e inclusão de jovens com o interesse de permanecer na agricultura produzindo alimentos é muito importante e se torna possível graças a parceria entre as instituições, principalmente com a Emater”.
Além do PAA, a família comercializa seus produtos na comunidade onde reside e também no comércio com o apoio de uma cooperativa local (Coopertraf). “Eu achei muito bom entregar em quantidade, porque aqui eu vendo de pouco e assim não tem prejuízo de plantar em quantidade, não estragando produtos na lavoura, que muitas vezes, podem fazer falta na mesa de pessoas que precisam. Para nós que queremos parar de plantar fumo é um bom começo, produzir alimentos para a população. Para os jovens do meio rural, em vez de irem para a cidade trabalhar podem ter uma ótima renda aqui, já que além do lucro dos produtos plantados em sua própria terra, ainda ajudam a manter a alimentação de outras pessoas que muitas vezes precisam”, declara Hellen.
Fonte: Ascom Emater/RS-Ascar – Regional de Porto Alegre/Jornalista: Carine Massierer