No final do mês de junho, a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) emitiu alerta sanitário para raiva dos herbívoros e está orientando os produtores rurais a vacinarem ou revacinarem seu rebanho para prevenir a doença. De janeiro a junho de 2021, o Programa de Controle da Raiva Herbívora da Secretaria contabilizou 17 focos de raiva em 13 municípios, e possível evolução de focos em mais 28 cidades.
O alerta foi emitido com base em situações registradas no Estado, como a incidência de agressões do morcego hematófago Desmodus rotundus a herbívoros, sem que tivesse havido conhecimento e identificação de refúgios. Alguns esconderijos habituais dos morcegos são troncos ocos de árvores, cavernas, fendas de rochas, furnas, túneis e casas abandonadas, entre outros.
Conforme o coordenador do Programa de Controle da Raiva Herbívora, Wilson Hoffmeister Júnior, a raiva pode ser controlada de forma preventiva, por meio do controle da população de morcegos hematófagos e de vacinação estratégica dos animais.
A orientação aos produtores rurais é de que, ao localizarem novos refúgios de morcegos vampiros, não tentem capturá-los por conta própria. A recomendação é de que comuniquem imediatamente a localização destes refúgios à Inspetoria ou ao Escritório de Defesa Agropecuária do seu município.
A captura dos animais é realizada somente pelos Núcleos de Controle da Raiva do Estado, devidamente capacitados, vacinados contra a raiva. As equipes são acionadas pelas regionais da Secretaria da Agricultura sempre que houver laudo positivo para raiva em herbívoro ou se forem constatados altos índices de mordedura em animais de produção em determinada região.
As capturas são feitas com auxílio de redes de neblina (mist-nets) em áreas de mata próximas aos abrigos ou junto às fontes alimentares. Depois de capturados, os morcegos recebem uma carga de pasta vampiricida sobre o dorso e são soltos.
“O alerta é importante porque o período de inverno é o que registra o maior número de casos, por ser um período de maior estresse dos morcegos hematófagos”, explica o analista ambiental André Witt, do Programa de Controle da Raiva Herbívora.
Texto: ELAINE PINTO
Por: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado