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sexta-feira, novembro 15, 2024

Aldeias Guarani receberão plantio de 6 mil mudas agroflorestais e recuperação de áreas degradadas

Aldeia Karandy – Foto: Divisão Indígena DDAPA/SEAPDR

De acordo com informações da Secretaria de Agriculturas do RS, as aldeias Guabiju, em Cachoeira do Sul, e Karandy, em Camaquã, da etnia Mbya-Guarani, serão contempladas com a implantação de dois hectares de agroflorestas e o plantio de seis mil mudas com ações que envolvem toda a comunidade na recuperação de áreas degradadas.

O projeto foi desenvolvido pelo Departamento de Desenvolvimento Agrário, Pesqueiro, Aquícola, Indígenas e Quilombolas (Ddapa), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), foi aprovado pelo Departamento de Biodiversidade da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e receberá R$ 305.296,15. O recursos destinados para o projeto são oriundo dos passivos ambientais de Reposição Florestal Obrigatória, no qual empresas em débito com a Sema podem reverter este passivo em financiamento de projetos ambientais (compensação ambiental).

A organização não governamental Centro de Trabalho Indigenista (CTI), selecionada para ser responsável pela execução do projeto, vai apresentar a versão final à empresa financiadora na próxima semana. “Os recursos provem de compensações devidas e, por isso, permanentes, o que nos dá uma perspectiva de aprovação de outros projetos para outras aldeias do Estado”, explica a socióloga Márcia Londero. Um novo projeto que já está em estudo deve ser realizado com as aldeias Kaingangues. O trabalho de plantio de mudas que propiciem a recuperação da agrobiodiversidade das áreas degradadas deve se iniciar no próximo mês. O Comitê Gestor Intercultural definirá quais as espécies, de que forma e onde vão ser plantadas, entre tantas outras definições.

“A maioria das aldeias indígenas do Rio Grande do Sul está atualmente em áreas degradadas e é potencial candidata para receber novos projetos de recuperação florestal”, relataa o secretário da Seapdr, Covatti Filho

 A partir destas conversas, uma oficina de etnomapeamento (metodologia criada pelo governo federal através da Política Nacional de Gestão Territorial de Terras Indígenas) será realizada para a definição das áreas. Locais para frutíferas, plantas medicinais, plantas sagradas, entre outros espaços.

“Este trabalho deverá primar pela construção de um ambiente de bem-viver para os indígenas, uma tekoá (o lugar do modo de ser guarani)”, afirma Márcia Londero.

O projeto de restauração ecológica agroflorestal deve se estender por três anos, de 2019 a 2021. Entre os objetivos, o plantio de 6 mil mudas e o trabalho com espécies florestáveis em 1 hectare em cada uma das aldeias. Também vão ser instalados cinco quintais agroflorestais em 0,2 ha e plantadas 500 mudas na aldeia Karandy, em Camaquã, e 11 quintais na aldeia Guabiju, em Cachoeira do Sul,em 0,44 ha com o plantio de 1.100 mudas.

A aldeia Guabiju tem uma área de 87 hectares em Cachoeira do Sul e a aldeia Karandy uma área de 77 hectares em Camaquã e fica na localidade de três bicos.

 

Com informações da Secretaria de Agricultura do RS

Redação CLICR
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