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quinta-feira, novembro 28, 2024

Após a Xiaomi, a agência de aplicação da lei da Índia invade a Vivo por suposta lavagem de dinheiro

Em abril deste ano, a Índia&#; A Direcção de Execução invadiu a Xiaomi&#;s escritórios – o fabricante número um de smartphones no país – e apreendeu mais de $725 milhões em suas contas bancárias. Esse movimento foi surpreendente, pois a Xiaomi fez seu nome na Índia com seus produtos e vários programas de RSC (Responsabilidade Social Corporativa). Pior, os relatórios sugeriram que os agentes da ED ameaçaram com violência os executivos da Xiaomi e suas famílias. Agora, o órgão de aplicação da lei voltou sua atenção para a Vivo em um suposto caso de lavagem de dinheiro.

A Direcção de Execução realizou incursões em localidades em todo o país sob a Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PMLA), onde a Vivo e suas empresas vinculadas têm seus escritórios e fábricas. Um relatório do Economic Times afirma que o Bureau Central de Investigação inicialmente examinou a Vivo por suposta lavagem de dinheiro. Em seguida, o caso foi encaminhado para a DE para maiores investigações. Atualmente, tanto a Vivo quanto o ED não emitiram nenhuma declaração oficial sobre a operação.

VÍDEO DA POLÍCIA ANDROID DO DIA As empresas chinesas e suas submarcas dominam o mercado indiano de smartphones. A Samsung é a única fabricante de smartphones não chinesa com uma participação de mercado considerável no país. É também a única empresa que ainda não se enquadra no ED&#;s radar nos últimos anos.

Um relatório da Bloomberg do final de maio afirma que o Ministério de Assuntos Corporativos da Índia recebeu informações de fontes não identificadas de potencial fraude da Vivo e ZTE. Para a Vivo, ordenou uma investigação para determinar se havia “irregularidades significativas na propriedade e nos relatórios financeiros”. As autoridades também foram intimadas a analisar a ZTE,s livros financeiros “em caráter de urgência” para apurar eventuais irregularidades. Alegadamente, o governo indiano está procurando analisar as contas de mais de 108 empresas chinesas, incluindo Xiaomi, Oppo, Huawei, Alibaba e outras. Já enviou cartas a muitas dessas empresas pedindo mais detalhes sobre seus acionistas, diretores e proprietários.

Esta não é a primeira vez que as empresas chinesas estão sob o governo&#;s scanner. Em 2020, a Índia baniu TikTok, CamScanner e 90 aplicativos chineses mais populares. Alguns meses depois, o país proibiu outro 90 aplicativos da Xiaomi, Baidu e outros desenvolvedores. O movimento veio após escaramuças de fronteira entre soldados indianos e chineses ao longo do vale de Galwan.

2020

Daniel Larusso
Daniel Larusso
Publicitário e jornalista. Graduado na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA-RS)

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