A semeadura da safra de arroz 2020/2021 totalizou 944.841 hectares no RS. A informação foi divulgada pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na quarta-feira (10), durante coletiva de imprensa promovida na 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, que acontece na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Participaram o presidente do Irga, Ivan Bonetti; o diretor técnico, Ricardo Kroeff; e o diretor comercial, João Batista Gomes. A coletiva foi transmitida, a partir das 10h, pela plataforma Zoom direto da Sala de Imprensa da AOCA, com apoio da AgroEffective, assessoria de imprensa que divulga o evento.
A área semeada representa um crescimento de 1,2% em relação à área colhida na safra passada (933.168). Entre as cultivares mais utilizadas, 64,75% foram desenvolvidas pela Divisão de Pesquisa da autarquia. A IRGA 424 RI foi a mais utilizada, representando 51,42% deste total: mais de 485 mil hectares no RS. Em relação à soja em áreas de rotação com arroz, o crescimento foi de 7,4%, totalizando 366.409 ha semeados nesta safra.
O presidente do Irga destacou os esforços da sua gestão para aprimorar o corpo técnico. “Cerca de 65% das cultivares utilizadas pelos produtores gaúchos nesta safra foram desenvolvidas pelo Irga. Isso mostra a importância da nossa instituição para a lavoura arrozeira. Esse é um número impressionante e bastante representativo, na minha opinião. E nossa meta é aumentarmos ainda mais essa participação. Porque temos condições, temos um excelente corpo técnico, profissionais de primeira linha. E vamos trabalhar para não perder esses profissionais e ainda tentar trazer outros bons profissionais para o corpo técnico do Irga, dentro de um Plano de Negócios, um programa inédito que ainda estamos elaborando”, comentou Bonetti.
O diretor técnico apresentou os números da safra 2020/2021, detalhando a sistemática utilizada na apuração e tabulação dos dados. “O levantamento do Irga é muito minucioso e confiamos muito nesses números. Temos 38 núcleos espalhados pelas seis regionais, com pessoal que fica responsável por apurar os dados em cada um dos municípios. Esse é um trabalho feito a várias mãos, com as equipes do campo levantando dados, nossa gerência técnica ajudando a fechar esses apontamentos e pessoal da informática também auxiliando na apuração. Temos muita certeza sobre esses números”, explicou Kroeff.
O diretor comercial enfocou as possibilidades do mercado. “Sobre esses dados da safra, com uma leve alta em relação ao ano passado em relação à área, podemos dizer que não teremos uma supersafra. Levando em conta uma produtividade semelhante à do ano passado, isso nos dá uma tranquilidade na questão do abastecimento do mercado. Muitos fatores irão influenciar no mercado durante o ano, como exportações, consumo, câmbio. E até a produção do mercado asiático. Isso pode gerar oportunidades para o Brasil exportar e temos que estar preparados”, completou Gomes.
Assessoria de Imprensa