O Big Brother Brasil 2021 veio para deixar claro que a exposição e a fama são de fato uma faca de dois gumes. Alguns artistas desta edição, em especial a rapper Karol Conka, tiveram as suas carreiras arruinadas pelo cancelamento virtual.
A psicóloga e docente da Faculdade Senac, Adriana Ferreira, explica que a exposição deve ser sempre muito bem analisada, visto que pode tanto exaltar quanto destruir uma pessoa. “O enfrentamento deste cenário é dolorido, pois sem dúvida é um tribunal virtual.” Os julgamentos que existem nas redes sociais se assemelham aos que ocorrem no meio social, porém por ainda não existir uma fiscalização ou uma política que preste mais atenção a este fenômeno, tais violências continuam acontecendo.
Karol Conka tinha uma carreira de sucesso antes de entrar na casa mais vigiada do Brasil, mas agora, por ter sido muito julgada por suas diversas condutas erradas dentro do programa, ela perdeu muitos contratos e teve sua carreira arruinada. No dia 29 estreou o documentário “A Vida Depois do Tombo”, contando a sua história de cancelamento, mostrando a nova trajetória da artista, que tenta se reencontrar como artista e como pessoa. “O enfrentamento desta situação passa justamente pela forma com que a Karol Conka está agindo: pedir desculpas, expor-se um pouco mais para se fazer entender e ainda assim, corre-se o risco de não restabelecer o seu papel de artista renomado”, esclarece a psicóloga.
O fato é que vivemos em uma sociedade que mais sabe julgar do que qualquer outra coisa, não que condutas erradas não devam receber críticas, mas no fim das contas o que tem por trás daquela pessoa é uma vida, com uma família e com sentimentos. “A pessoa que passa por isso interpreta como uma despersonalização de si mesma, como se não existisse mais, o que vem a afetar diretamente a sua estrutura de personalidade”, explica Adriana. Sendo assim, o virtual extrapola os seus próprios limites e passa a exercer impacto direto no mundo real.
Fonte: Assessoria de Imprensa Senac/RS
