Desde que as primeiras infecções pelo SARS-Cov-2 — vírus responsável pela covid-19 — surgiram, o mundo tem ficado em estado de alerta, e no Brasil a situação não tem sido diferente. À medida que o número de infectados e mortos aumentava, inúmeras restrições foram sendo impostas pelo governo, e assim as pessoas foram vivendo dias atípicos. Os impactos da pandemia atingiram diversas áreas no país, como a econômica e o sistema de saúde, trazendo incontáveis prejuízos para os setores.
No entanto, apesar dos danos gerados pelo coronavírus, a previsão para o futuro é de melhorias. De acordo com Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, o Brasil — que já vacinou aproximadamente 73% da população — está próximo de disponibilizar imunizante brasileiro contra o covid-19.
Em pronunciamento, Pontes anunciou que a previsão para que a vacina esteja disponível é de nove meses. A notícia foi divulgada pelo ministro nesta terça-feira (1°), enquanto participava da feira de conferências Mobile World Congress 2022, em Barcelona.
A primeira fase de teste da vacina RBA MCTI CIMATEC HDT, que iniciou em janeiro, deve contar com a participação de 90 adultos saudáveis, na faixa etária de 18 a 55 anos. O ensaio clínico tem como objetivo identificar a segurança da vacina, a sua capacidade de provocar resposta imune e a possível reação indesejável que a mesma pode causar no organismo.
Em relação ao calendário de testes, a vacinação será realizada em três grupos, onde os voluntários serão divididos entre aqueles que receberão uma única aplicação do antivírus e aqueles que serão vacinados com duas doses em períodos distintos. O intervalo de aplicação do imunizante será de 29 dias em um primeiro grupo, enquanto o segundo grupo deverá receber as doses com intervalo de 57 dias. Ademais, três níveis de dose serão avaliados: 1, 5 e 25 microgramas.
A vacina foi produzida por pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI, juntamente com a empresa americana HDT Bio Corp. Ainda, o desenvolvimento do agente imunizante é financiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, e conforme aponta o ministro Pontes, o capital aplicado pelo governo na fabricação da vacina será de R$ 350 milhões.
Com informações de Agência Brasil
