A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de manter a proibição do consumo dos Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs), no Brasil, foi um dos temas da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, realizada na manhã desta terça-feira (19). Para o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, o mercado ilegal traz esses produtos para dentro do Brasil.
“A proibição não elimina o consumo, que vai continuar crescendo. Melhor seria ter uma fiscalização fitossanitária, para a segurança de quem consome os dispositivos”, considerou.
Carlos Galant, diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo), disse que teve, recentemente, uma reunião extraordinária da diretoria colegiada da Anvisa, para avaliar a análise do impacto regulatório sobre os DEFs.
“Não foi discutida a regulação, só avaliado e aprovado o relatório de impacto. Esse relatório coloca três alternativas: uma delas manter a RDC 46; a segunda, manter a RDC 46 e fortalecer a fiscalização dos dispositivos; e a terceira, regular os dispositivos. O próximo passo deve ser uma consulta pública sobre o tema. Após essa consulta, a colegiada se reúne para deliberar e decidir”, explicou.
Por sugestão de Romeu Schneider, será encaminhada uma solicitação para que a Anvisa volte a ocupar uma cadeira na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, ou para que participem da próxima reunião da Câmara.
SAFRA DE TABACO
O presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, apresentou uma avaliação prévia da safra brasileira de tabaco 2021/2022. As pesquisas parciais de comercialização, realizadas pela equipe técnica e de campo da Afubra junto aos fumicultores gaúchos, catarinenses e paranaenses, apontam uma variação média de 64,2% de aumento no preço pago no Virgínia (R$ 10,54 para R$ 17,31) e 58,8% no Burley (R$ 10,02 para R$ 15,91), em comparativo à safra 2020/2021 (dados até 16 de julho).
“Esse levantamento de preços é realizado por meio da apuração das notas fiscais recebidas pelos produtores”, explica Werner.
Fonte: Afubra