Os gaúchos devem se preparar para uma aparência atmosférica incomum que está prevista para os próximos dias: a chuva preta. Este evento peculiar ocorre quando fuligem e partículas de fumaça, originadas de queimadas e incêndios florestais, se misturam com as gotas de água da chuva, resultando em incidentes c
Após um período prolongado de calor intenso e céu encoberto pela fumaça no Rio Grande do Sul, uma frente fria está se aproximando do Estado, trazendo a previsão de chuvas a partir de amanhã, especialmente nas regiões da Campanha e da Fronteira Oeste. Na quinta-feira (12), essa instabilidade deve se espalhar por todo o território gaúcho, aliviando as temperaturas elevadas e contribuindo para a dispersão parcial da fumaça.
No entanto, as aparências da chuva preta podem se intensificar devido à presença significativa de fuligem e material particulado no ar, conforme explica a meteorologista da Climatempo, Alana Gabriele. “A chuva preta ocorre quando há uma grande quantidade de fuligem na atmosfera. Essa fuligem se mistura com as gotas de chuva, fazendo com que a água caia com uma coloração mais escura”, detalha o especialista.
A previsão da Climatempo indica que a ocorrência já foi registrada em Bagé nesta terça-feira (10) e que deverá se espalhar por grande parte do Estado nos próximos dias. “É bastante provável que uma chuva preta ocorra em todo o Rio Grande do Sul, visto que a fumaça é disseminada por todas as regiões”, acrescenta Gabriele.
As consequências da chuva preta não impactam apenas visualmente a população, mas também trazem consequências negativas para o meio ambiente e a saúde pública. A água da chuva que carrega fuligem tem uma coloração escura e pode ser coletada em baldes, evidenciando a contaminação com partículas poluentes. Essa água pode poluir rios, superfícies e superfícies, contribuindo para a manipulação de solo e corpos d’água.
Apesar do intervalo temporário proporcionado pela frente fria, a fumaça não será completamente dissipada. O sistema que gerou a onda de calor ainda está ativo no centro-norte do Brasil e, após a frente fria se deslocar para o Atlântico, a massa de ar quente deve se expandir novamente pelo sul do país. Com isso, as temperaturas deverão subir novamente no fim da semana, e a fumaça também deverá retornar ao céu gaúcho.
“As queimadas continuarão nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde não há previsão de chuvas significativas. Portanto, é esperado que a fumaça retorne”, conclui Alana Gabriele.
A chuva preta é um fenômeno que merece atenção não apenas pelo seu impacto visual, mas também pelos seus efeitos adversos sobre o meio ambiente e a saúde pública. É crucial que a população tenha consciência e tome medidas preventivas para minimizar os impactos dessas preferências raras.
