Uma reunião no final da tarde desta sexta-feira, 20 de março, em Camaquã, com a participação da administração municipal local, de representantes de entidades comerciais do município e da região, e do presidente do Consórcio Intermunicipal Centro Sul, Silvio Rafaeli, representando os 13 municípios que o compõe, ficou definido o fechamento do comércio em nível regional a partir deste sábado, 21 de março, pelo período de quinze dias.
Conforme o prefeito de Camaquã, Ivo de Lima Ferreira, a decisão foi conjunta e unânime entre os reunidos e se faz necessária como medida protetiva, tendo em vista a evolução da pandemia e a falta de conscientização da população que mesmo com diversas orientações para se proteger não está adotando os cuidados necessários e continua frequentando estabelecimentos em grande número e facilitando a propagação do vírus.
“Os próprios comerciantes têm tomado atitudes para conter as pessoas, mas não tem sido suficiente, por isso precisamos intervir. Todos nós vamos ter prejuízos, vamos pagar a conta, mas o mais importante neste momento é a vida”, considerou o prefeito.
Ivo acrescentou ainda que no período de sete dias haverá uma nova reunião pra avaliar os efeitos da medida.
Rafaeli explicou que cada prefeito deverá emitir um decreto com as determinações em seus municípios, mas que todos devem se basear no que foi decretado pelo governo do estado. Os serviços essenciais não deverão ser afetados, portanto supermercados, farmácias, postos de combustíveis, agências bancárias, entre outros, seguirão funcionando, porém para estes deverá haver um regramento rígido de controle e caberá às administrações municipais esta definição, a fiscalização e a garantia do cumprimento das determinações com o auxílio da Brigada Militar, quando houver necessidade.
Os municípios que integram o Consórcio Intermunicipal Centro Sul são: Amaral Ferrador, Arambaré, Barra do Ribeiro, Camaquã, Canguçu, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Cristal, Dom Feliciano, Guaíba, Mariana Pimentel, São Lourenço do Sul, Sentinela do Sul, Sertão Santana e Tapes.
Caberá aos administradores municipais também a decisão de decretar ou não a situação de calamidade pública. Até o momento na região Cristal, Mariana Pimentel e São Lourenço do Sul já decretaram.