Com a safra de grãos de verão praticamente encerrada, a Emater/RS em conjunto com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), apresentaram os números finais da safra 2019/2020. A web conferência via Skype aconteceu na manhã de sexta-feira (22/05), reuniu mais de 30 jornalistas e extensionistas.
Conforme o levantamento apresentado, o RS registrou, somente na soja, uma queda de 45,8% da produção, passando de 19 milhões e 700 mil toneladas, como expectativa inicial, para 10 milhões e 600 mil toneladas, uma quebra significativa, em espacial na metade Sul do Estado, e que vai gerar muitos prejuízos para a economia gaúcha, avalia o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Paulo Rugeri, que apresentou os números de cada cultura. Já para o milho, cultura fundamental para a economia gaúcha, apesar do aumento de área de 1,5%, ou em torno de 2 mil hectares a mais, a produtividade apresentou perda média de 31,9%, gerando uma redução de 30,9% na produção, ou 1 milhão e 800 mil toneladas a menos do que a estimada.
Das culturas apresentadas, o arroz foi a única com dados de produção positivos. Mesmo com uma redução de 1,8% na área com relação à estimativa inicial (961.377 hectares), passando para os atuais 944.038 hectares, foram colhidas 7.581.095 toneladas com o grão. Isso representa um aumento de 0,9% com relação à estimativa inicial (7.510.872 toneladas). Já o feijão 1ª safra apresentou redução de 1,4% de área, ficando em 35.519 hectares, e diminuição de 14% na produção, tendo sendo colhidas 53.908 toneladas.
No geral, a safra de grãos de verão no Rio Grande do Sul deve alcançar 22.462.104 toneladas, representando 28,7% a menos do que a safra 2018/2019, que foi de 31.497.723 toneladas.
De acordo com o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, os técnicos e extensionistas acompanham e atualizam os números de cada cultura de forma quinzenal e o levantamento, que integra os compromissos da Emater/RS-Ascar com a Seapdr, abrange 90% dos municípios produtores de cada cultura. Nesse período tivemos uma estiagem muito forte, que começou em dezembro e que gerou perdas que variam conforme a região e de acordo com o volume de chuva em cada fase das culturas, observa Sandri.