Abaixo algumas profissões consideradas antigas e que já não existem mais
O mercado de trabalho está em constante evolução. De tempos em tempos, algumas profissões desaparecem por completo e outras são criadas, conforme as necessidades das pessoas e, claro, por causa do desenvolvimento tecnológico. Nesse artigo você vai conhecer as cinco profissões mais antigas do mundo que eram bastante populares no passado, mas que hoje só ficaram na lembrança ou nos livros de história.
1) Despertador humano
Apesar de o primeiro despertador ter sido criado em 1787 pelo norte-americano Levi Hutchins, até 1970, em alguns vilarejos da Inglaterra, existiam os “knocker-upper” (acordadores, em tradução livre), pessoas contratadas para irem de porta em porta acordando seus clientes.
Como os despertadores e dispositivos eletrônicos eram privilégios dos mais endinheirados da época, uma pessoa era contratada para ir de casa em casa acordando os moradores que precisavam se levantar cedo para trabalhar nas fábricas da Inglaterra e Grã-Bretanha.
O despertador humano batia com paus ou pedaços de metal nas janelas das casas e não parava até que os moradores tivessem acordados. Mas todo esse susto diário (e bem cedo) na hora de acordar deu lugar para outras maneiras de despertar bem mais tranquilas e silenciosas, com o passar dos anos.
2) Acendedor de lampiões
Outra das profissões mais antigas do mundo. Antes do advento da energia elétrica em locais públicos como temos hoje, a iluminação dos postes nas ruas era de lampiões. Todos os dias, antes de escurecer, um profissional acendia as grandes lamparinas dos postes de um determinado bairro e as apagava quando o sol nascia.
Esse especialista (que tinha uma alta demanda de trabalho) acendia os lampiões dos postes usando grandes varas ou subindo em pesadas escadas e trazendo para baixo as lamparinas para acendê-las. Como deveria ser cansativo acender 30 ou 40 postes todos os dias e apagá-los cerca de 12 horas depois, não é mesmo?
No velho continente (Europa) o acendedor de lampiões ganhava salário e era respeitado. Já no Brasil, esse serviço costumava ser realizado por pessoas escravas que trabalham para poderosos de uma determinada região.
3) Cortador de gelo
Quando o assunto é profissões mais antigas do mundo, o cortador de gelo não poderia ficar de fora. Esse profissional era bastante requisitado nos gélidos períodos de inverno dos países nórdicos da Europa, pois o seu trabalho era extremamente necessário, que era, a retirada de todo o gelo que se formava em rios e lagos.
Mesmo em um dia de temperaturas negativas, o cortador de gelo era obrigado a enfrentar o frio congelante, coletando o material e transportando-o para empresas de reaproveitamento. Todo o gelo retirado era transformado em água ou usado para manter os alimentos refrigerados por mais tempo.
Era um trabalho exaustivo e perigoso, por isso, exigia que os profissionais (majoritariamente homens) fossem experientes e tivessem muita força física. Com o surgimento das máquinas, essa profissão desapareceu por completo.
4) Caçador de ratos
Não, você não leu errado. O caçador de ratos também é uma das profissões mais antigas do mundo (e sujas). Houve uma intensa infestação de ratos na Europa do século XIX, em que essas pestes acabam trazendo doenças que dizimavam milhares de vidas.
Por isso, era fundamental que os ratos fossem caçados e eliminados das cidades. O caçador de ratos precisava ter muita coragem, já que o contato constante com os roedores trazia um altíssimo risco de contrair doenças, como a peste bubônica, que era transmitida pela urina desse animal. Por isso, muita gente se dispunha a caçar esses bichos, algo que rendia uma boa renda antes de as empresas de dedetização surgirem, um pouco depois da Segunda Guerra Mundial. Por incrível que pareça, essa profissão ainda existe. É claro que as técnicas de captura são muito mais modernas e praticamente não oferecem riscos.
5) Detector de aeronaves inimigas
Essa profissão foi de uma enorme valia nas corporações militares (principalmente durante a Primeira Guerra Mundial), quando a tecnologia ainda estava em seus primórdios. Esse profissional era responsável por detectar a aproximação de aeronaves inimigas.
Usando arcaicos dispositivos de escuta e espelhos acústicos, além de ter uma audição bem apurada, esse especialista conseguia identificar possíveis invasões aéreas das tropas inimigas, durante o sangrento combate.
O seu trabalho era simples e consistia em identificar (com a máxima precisão) os sons de aviões inimigos e avisar a tropa na qual fazia parte, para que os integrantes pudessem se precaver para a mais uma inevitável batalha.
6) Telefonista
Depois que o telefone foi inventado, em 1876, o mundo nunca mais foi o mesmo. No início, porém, a pessoa não conseguia ligar diretamente para outro aparelho, era preciso que alguém realizasse essa conexão — o telefonista. Aliás, essa era uma função operada sobretudo por mulheres, já que acreditavam que elas eram mais simpáticas. Por incrível que pareça, essa profissão existiu aqui no Brasil até a década de 1980.
7) Arrumador de pinos de boliche
Dava trabalho, mas, antes da introdução das máquinas nesse processo, os pinos de boliche eram organizados de forma manual, por pessoas contratadas unicamente para isso. Trabalho repetitivo, não é mesmo? Pois essa foi uma das profissões que desapareceram graças à automação.
8) Leiteiro
Os mais jovens certamente não vão se lembrar do entregador de leite, que passava bem cedinho nas casas para abastecer as famílias — apesar de algumas cidades do interior ainda contarem com esse profissional. Era um costume, inclusive, que cada residência deixasse um vasilhame do lado de fora, à espera do leiteiro. Dá para imaginar uma coisa dessas hoje em dia? Hoje o leite é facilmente comprado nos mercados e mantido fresquinho na geladeira!
9) Linotipista
A linotipo era uma máquina do século XIX que substituiu, a princípio, a tipografia tradicional. Assim, a imprensa e o mercado editorial foram revolucionados, uma vez que o procedimento se tornou mais rápido. Apesar dessa profissão ser praticamente extinta, ainda existem alguns raros linotipistas no Brasil. Mas é uma questão de tempo para que eles desapareçam para sempre.
Graças à inovação tecnologia essas profissões não existem mais, apesar da enorme popularidade da época.