A construção de uma barragem no Arroio Velhaco, em Cerro Grande do Sul voltou a ser pauta de reunião do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Camaquã, no encontro virtual promovido pela entidade no dia 31 de março de 2021, que teve 52 participantes representantes de entidades e comunidade em geral.
O tema surgiu no debate quando foram tratados assuntos relacionados aos usos das águas da sub-bacia do Arroio Velhaco, área definida no Plano de Bacia do Rio Camaquã como prioritária em ações a serem realizadas para o aumento das disponibilidades hídricas.
Sobre a possibilidade de construção da barragem foram citados inclusive alguns estudos já realizados para esta finalidade, tendo em vista que esta seria a solução mais adequada para o uso e manejo dos recursos hídricos, em atendimento as demandas atuais e futuras.
Na oportunidade, sugeriu-se que haja a articulação dos prefeitos da região compreendida pelos municípios de Arambaré, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Tapes e Sentinela do Sul, para uma ação conjunta com o propósito de elaboração de um projeto de infraestrutura com recursos financeiros a serem reivindicados ao Governo Federal. Com isso, abre-se a oportunidade para o Comitê avançar na gestão das águas, através da construção dessa barragem que possibilitará a recuperação do curso d’água em toda a extensão do Arroio Velhaco.
Participantes da videoconferência destacaram ainda que este é um sonho antigo do Comitê Camaquã e que o tema sempre traz à lembrança o nome de Renato Teifke Zenker, engenheiro agrônomo e ambientalista, ex-presidente do comitê, emérito e atuante na causa dos recursos hídricos.
Projeto Geoparques
Durante o encontro virtual teve também a apresentação do Projeto Geoparques pela professora Jaciele Carine Sell, coordenadora do projeto na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Ela destacou o Projeto Geoparque Caçapava, uma iniciativa da UFSM em parceria com a Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA), que pretende implementar e coordenar uma proposta no município de Caçapava do Sul visando novas alternativas para a economia regional, de forma sustentável, por meio da conservação do patrimônio natural e cultural, da educação para o meio ambiente, incentivo à geração de renda através de iniciativas privadas, bem como ao turismo local.