Quinze anos de trabalho somente em Arambaré
Natural do interior de Frederico Westphalen, nossa simpática entrevistada atua no ramo de costura na cidade de Arambaré, conhecida por praticamente todos os munícipes, ela vem desenvolvendo desde 2007 no município esse trabalho, que exige concentração, conhecimento e muita pratica. Estamos falando da amiga Idelma Balzan da Silva que esteve recebendo o Portal Clicr em seu ambiente de trabalho e numa boa conversa nos relatando um pouco da sua história.
Idelma aprendeu a costurar aos 13 anos de idade, quem a ensinou foi sua irmã mais velha, uma condição que seus pais na época tinham imposto, dava o curso de costura para a irmã na condição dela passar seu conhecimento para Idelma, e que foi de uma grande valia onde até hoje tira parte de seu sustendo desse trabalho.
Com o tempo conheceu o Jorge seu primeiro companheiro, onde através dele em 1991 foi morar na cidade de Sapiranga onde montou seu negócio de confecção, onde ela e mais oito funcionárias trabalhavam, atuou na cidade até 2007, contudo por volta de 1994 conheceu o Juarez e a Márcia da Loja Cravo e Canela de Arambaré, na ocasião Idelma comprava muita malha de Juares, pois ele era representante da empresa “Precisa” de Santa Catarina, no meio da conversa Idelma fez questão de frisar que nem sabia que Arambaré existia.
“Foi então que em um determinado momento o Juares nos perguntou se queríamos conhecer Arambaré, dizendo que traria um serviço para mim, e levou uma amostra do uniforme para Prefeitura de Arambaré, então fiz os primeiros uniformes para a Prefeitura, também para uma escolinha onde era o Camped, na época era da Mariazinha, depois para a equipe de futebol do Navegantes e por aí foi…” explicou Idelma.
Idelma na época fazia a modelagem e cortava, suas funcionárias faziam a parte da costura, e a noite após o expediente da empresa, uma pausa para o chimarrão e depois ia para serigrafia trabalhar a parte de estampas das empresas, lembrando ainda que atendia 32 colégios nas cidades de Campo Bom, Sapiranga, Novo Hamburgo, Taquara, Morro da Pedra e Arambaré por intermédio do Juares.
Nossa entrevistada foi muito sincera em dizer que na época, quando fez apenas algumas visitas para a cidade de Arambaré, não se deslumbrou muito com a cidade. Já no final dessa reportagem diz que hoje não troca por lugar nenhum.
Assalto mudou o curso da história
Lugar errado, hora errada, ou ironia do destino. No dia 22 de maio, para pagar uma das empresas fornecedoras, Idelma foi até o Banco do Brasil sacar dinheiro, e na saída do banco ocorreu o assalto levando dinheiro e muitos documentos tanto dela quanto de sua empresa e ainda seu companheiro havia sido baleado.
Após esse triste fato somado a outros três assaltos que já havia ocorrido em sua loja em Sapiranga, a ideia de mudar de lugar começou a ganhar destaque. Certo dia o amigo Juares chegou por lá e já por dentro de toda situação convidou o casal para morar em Arambaré.
E foi o que aconteceu, em junho de 2007, foram para Arambaré morar de aluguel e caso gostasse do lugar venderiam seu imóvel em Sapiranga para comprar um imóvel na cidade das figueiras.
Devido ao assalto e o uso indevido de seus documentos, muitos bens foram apreendidos e as coisas mudaram, Idelma começou do absoluto zero, e ainda se não bastasse em 18 de abril de 2012 perde seu companheiro, lembrou que o Arthur Flores construiu o espaço onde esta hoje (Av. Presidente Vargas Nº 437, Sala D , centro de Arambaré), e recomeçar não foi fácil, mas com garra e determinação apostando tudo em seu conhecimento “Costura”, nossa entrevistada inicia sua jornada alugando máquinas de costuras, que mais tarde as comprou, contudo é muito importante destacar que Idelma tinha muito serviço na cidade, juntamente com o filho pequeno na época foram vencendo os obstáculos.
“Tudo que tenho hoje, tirei daqui, do meu trabalho, das minhas costuras…” destacou.
Já na pandemia com mercado de trabalho meio incerto, Idelma comercializou mais de 5 mil máscaras produzidas por ela, conseguindo se firmar financeiramente numa época de incertezas onde muitos tinha de ficar em casa.
Na ocasião de nossa conversa Idelma estava com a mão na máquina, com suas costuras e compromissos para serem entregues, nos explicou que hoje trabalha com três máquinas, a Overlock, Reta e a Galoneira nos detalhando a função de cada uma, e ainda se precisar tem mais duas outras maquinas que também é de seu uso.
Nossa entrevistada além de costureira profissional, também é presidente do Grupo Lago Azul, estando em seu terceiro mandato.
Agradecimento
E para finalizar a matéria nossa querida entrevistada deixou um agradecimento especial a toda sua clientela que nela depositaram sua confiança, e destacou:
“Eu valorizo muito minha clientela, não é o fazer a roupa, é tudo, desde um botão, um remendo, eu busco valorizar muito cada serviço independente de quem for e o que for, é indiferente pra mim se tiver que fazer um vestido de noiva ou colocar um remendo numa bombacha, claro também quero pedir desculpa para alguns clientes as vezes nossa agenda esta lotada, e alguns não consigo fazer no dia”
Além da costura Idelma tem a Loja de Confecções “Lipi Modas” localizada no endereço citado acima para maiores informações: (51) 9.8042-2024.