Na manhã de terça-feira, 19 de janeiro, o “dfndr lab”, laboratório de cibersegurança da PSafe, identificou um provável vazamento de dados em massa que coloca em vulnerabilidade mais de 223 milhões de pessoas. O banco de dados vazado reúne nome completo, data de nascimento e CPF de potencialmente quase todos brasileiros, incluindo até mesmo grandes autoridades do país.
Além dos dados de pessoas físicas, também foram expostas informações sobre mais de 104 milhões de veículos, contendo número de chassi, placa do veículo, município, cor, marca, modelo, ano de fabricação, cilindradas e até mesmo o tipo de combustível utilizado. E informações de 40 milhões de empresas, contendo CNPJ, razão social, nome fantasia e data de fundação.
Vale ressaltar que de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, a partir de agosto de 2021 as penalizações para este tipo de vazamentos poderão ser aplicadas e vão desde sanções administrativas à multas, que podem chegar a R$50 milhões por infração para as empresas responsáveis.
Além dos dados citados acima, as duas exposições revelaram:
Endereços
Números de telefones
Dados de veículos (placa, número de chassi etc)
Informações sobre CNPJs (razão social, nome fantasia e data de fundação)
Detalhes sobre Imposto de Renda
Fotos de rosto
Benefícios do INSS
Informações de servidores públicos
Escolaridade
Cadastros do LinkedIn
Dados financeiros (score de crédito, cheques sem fundo e renda, entre outros)
O número de CPFs vazados é maior que o de habitantes. Por quê?
De acordo com o IBGE, o Brasil tem uma população estimada em 212,6 milhões de habitantes, atualmente. Já a quantidade de dados vazados indicou a exposição dos documentos de 223 milhões de pessoas.
A explicação para essa diferença é simples: foram incluídos dados de pessoas falecidas.
Quais os riscos para a população?
Diversos tipos de golpes podem ser aplicados com os dados roubados. Cometer crimes se passando por outra pessoa, abrir conta em banco, realizar saque indevido do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e se inscrever em programas sociais usando documentos falsos são algumas das possibilidades. Os criminosos também podem usar os dados para fazer cobranças falsas, por exemplo, se passando por bancos, financeiras, prestadoras de serviços e até mesmo o governo.
Informações: Tecmundo / PSafe
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