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sábado, dezembro 7, 2024

Dia Mundial do Câncer: o diagnóstico precoce salva vidas

A luta contra o câncer é uma bandeira global. Lembrado no dia 4 de fevereiro, o câncer ainda é a segunda doença que mais mata no mundo. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para 2020-2024 é de 700 mil novos casos no país. E, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa para 2030 em todo o mundo é de 27 milhões de novos casos e 17 milhões de óbitos.

Especialistas do Hospital Moinhos de Vento destacam que a prevenção, o diagnóstico precoce, o início rápido do tratamento e as diversas possibilidades de terapias são os caminhos para salvar vidas. Dados da instituição apontam que 92% dos casos de câncer de mama atendidos pelo Centro de Oncologia são de tumores iniciais, estágio 1 e 2, fruto da detecção preliminar. Entre 2019 e 2021, foram 735 novos diagnósticos desse tumor, com grandes chances de cura por meio de cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia ou imunoterapia.

De acordo com o chefe do Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, Sérgio Roithmann, o Rio Grande do Sul é o estado brasileiro, por razões desconhecidas, que possuem as mais altas taxas de incidência de câncer, principalmente de mama. Em Porto Alegre, em pessoas jovens, principalmente abaixo dos 50 anos, a doença é a principal causa de mortalidade.

Um diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento e salvar vidas. Por isso o alerta é que, mesmo durante a pandemia, as pessoas precisam realizar exames de rotina. Só assim, com prevenção, é possível identificar o câncer em seus estágios mais iniciais e possibilitar maiores chances de cura.

A realização de cirurgia ainda continua sendo uma das bases do tratamento oncológico. “Mas temos cada vez mais sofisticação do ponto de vista de procedimentos minimamente invasivos, diminuindo enormemente as complicações e melhorando os resultados”, esclarece Roithmann. A exemplo disso, está a cirurgia robótica.  Atualmente, 95% dos procedimentos realizados no hospital para o câncer de próstata são com esta tecnologia. “Já existe uma expertise de nossos urologistas de realizarem esse tipo de intervenção e agora está se estendendo para várias outras especialidades, como nas áreas de cirurgia torácica, digestiva, ginecológica, entre outras”, aponta.

Além disso, com a evolução tecnológica, foi possível alcançar tratamentos mais adaptados para cada paciente. A avaliação genômica dos tumores mostra os pontos fracos das células cancerosas e possibilita o uso de medicamentos mais específicos. Igualmente, a imunoterapia, técnica que estimula o sistema imunológico da própria pessoa para combater o câncer, é usada em mais e mais tipos da doença. “Os novos tratamentos mudaram a história de muitas pessoas, entre outros, como melanoma e câncer de pulmão”, atesta o especialista.

Vale lembrar que o tratamento do câncer compreende algumas etapas e é preciso uma terapia adequada para cada paciente, de preferência concentrada em um único lugar e que conte com a participação de vários especialistas que têm conhecimento e expertise para avaliar qual a melhor conduta a ser planejada e seguida. “Ter um diagnóstico e imagens de excelência, além de laboratórios resolutivos, confiáveis e ágeis é fundamental”, frisa o médico. No Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, entre 2019 e 2021, mais de 1,5 mil pessoas iniciaram tratamento de quimioterapia e 3,4 mil de radioterapia para os mais diversos tipos de câncer.

Fonte: Critério Comunicação

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