O Município tem o melhor índice de investimento na agricultura familiar da história local. Dos R$ 196.700, repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, R$ 162.508,50 foram para compra de produtos da agricultura familiar. O Município investiu, portanto, 82,61% na produção dos agricultores a agricultoras, ficando bem além da determinação de, no mínimo, 30%, estipulada na Lei nº 11.947/2009, que trata do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar.
Conforme a nutricionista da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte, Marisa Pinzon, o objetivo é aplicar todo recurso na produção local e, para tanto, a Secretaria de Desenvolvimento Rural trabalha para implantar o SIM – Serviço de Inspeção Municipal, para que outros produtos, como leite, pão, bolachas, ovos, possam entrar nas chamadas públicas. “O nosso objetivo é utilizar todo recurso na produção local e mudar os hábitos das pessoas para o consumo de frutas, legumes e verduras”, diz Pinzon. “Quando não há algum item no Município, como a banana, a COOPACS – Cooperativa de Agricultores Centro-Sul, faz parcerias com outras cooperativas, mas o arroz, o feijão e o suco de uva, além de outros, são nossos”.
O governo municipal também investe R$ 143.148,48 na construção de um depósito que terá local ideal para armazenamento dos produtos da alimentação escolar e câmara fria. Cerca de 20 produtores do Município fornecem, através da COOPACS, que organiza e granjeia a produção. Em 2009 – primeiro mandato do atual prefeito Clenio Boeira, foi instituído o Programa Municipal Mais Produção, que prevê incentivos na implantação de novas culturas e diversificação de produção nas pequenas e médias propriedades rurais e aporte.
Os cardápios são enviados mensalmente pela nutricionista, e as escolas municipais fazem os pedidos semanalmente, que também é avaliado, visando atender a proposta alimentar. A Lei de 2009 incentivou o consumo de produtos da agricultura familiar. “Cada vez mais o Município tem investido nesta proposta, qualificando, inclusive, as pessoas incumbidas de realizarem este trabalho que exige manipulação, pré-preparo, antes de ir para a panela”, considera. “Houve uma época em que os alimentos da merenda eram quase todos industrializados e de baixo valor nutricional”.
Além do saldo positivo para economia local, a implementação da Lei, possibilita a educação alimentar, já que @s alun@s aprendem a comer de forma balanceada. “Isso gera também consciência para a necessidade da produção doméstica”, diz Pinzon. “Nutricionalmente, nem se compara um bolo de milho verde, laranja, cenoura com estes pacotes industrializados”.