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terça-feira, novembro 19, 2024

Dom Feliciano direciona mais de 80% do recurso da merenda para agricultura familiar

O Município tem o melhor índice de investimento na agricultura familiar da história local. Dos R$ 196.700, repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, R$ 162.508,50 foram para compra de produtos da agricultura familiar. O Município investiu, portanto, 82,61% na produção dos agricultores a agricultoras, ficando bem além da determinação de, no mínimo, 30%, estipulada na Lei nº 11.947/2009, que trata do PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Conforme a nutricionista da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte, Marisa Pinzon, o objetivo é aplicar todo recurso na produção local e, para tanto, a Secretaria de Desenvolvimento Rural trabalha para implantar o SIM – Serviço de Inspeção Municipal, para que outros produtos, como leite, pão, bolachas, ovos, possam entrar nas chamadas públicas. “O nosso objetivo é utilizar todo recurso na produção local e mudar os hábitos das pessoas para o consumo de frutas, legumes e verduras”, diz Pinzon. “Quando não há algum item no Município, como a banana, a COOPACS – Cooperativa de Agricultores Centro-Sul, faz parcerias com outras cooperativas, mas o arroz, o feijão e o suco de uva, além de outros, são nossos”.

O governo municipal também investe R$ 143.148,48 na construção de um depósito que terá local ideal para armazenamento dos produtos da alimentação escolar e câmara fria. Cerca de 20 produtores do Município fornecem, através da COOPACS, que organiza e granjeia a produção. Em 2009 – primeiro mandato do atual prefeito Clenio Boeira, foi instituído o Programa Municipal Mais Produção, que prevê incentivos na implantação de novas culturas e diversificação de produção nas pequenas e médias propriedades rurais e aporte.

Os cardápios são enviados mensalmente pela nutricionista, e as escolas municipais fazem os pedidos semanalmente, que também é avaliado, visando atender a proposta alimentar. A Lei de 2009 incentivou o consumo de produtos da agricultura familiar. “Cada vez mais o Município tem investido nesta proposta, qualificando, inclusive, as pessoas incumbidas de realizarem este trabalho que exige manipulação, pré-preparo, antes de ir para a panela”, considera. “Houve uma época em que os alimentos da merenda eram quase todos industrializados e de baixo valor nutricional”.

Além do saldo positivo para economia local, a implementação da Lei, possibilita a educação alimentar, já que @s alun@s aprendem a comer de forma balanceada. “Isso gera também consciência para a necessidade da produção doméstica”, diz Pinzon. “Nutricionalmente, nem se compara um bolo de milho verde, laranja, cenoura com estes pacotes industrializados”.

Cicero Omar da Silva
Cicero Omar da Silva
Chefe de Redação e Departamento de Vendas Portal ClicR e jornal Regional Cel/Whats: 51 99668.4901

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