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sexta-feira, maio 17, 2024

“Dom Feliciano LAR de Francisco Valdomiro Lorenz”

A campanha  intitulada “Dom Feliciano LAR de Francisco Valdomiro Lorenz” visa regatar a história através de cartas, objetos, fotos, documentos e relatos.

 

A campanha “Dom Feliciano LAR de Francisco Valdomiro Lorenz” lançada na Página da Prefeitura Municipal de Dom Feliciano, visa RESGATAR, conhecer e preservar ainda mais a história dessa importante personalidade que escolheu Dom Feliciano como seu LAR.

A Prefeitura de Dom Feliciano através dos Departamentos de Cultura e Turismo começam essa importante missão de recuperar tudo o que for possível sobre Lorenz.

Lorenz nasceu na República Tcheca e era considerado um fenômeno linguístico, pois dominava 104 idiomas, e aos 17 anos ele publicou seu primeiro livro em Esperanto, teve mais de 70 obras publicadas. Em Dom Feliciano era professor, agricultor e Médico Homeopata, escreveu para auxiliar os poloneses O Dicionário e uma Gramática Polonês – Português, era filósofo, astrônomo, astrólogo, médium e esperantista.

O Departamentos de Cultura e Turismo, pede a comunidade e a todos que tem alguma coisa de Lorenz que procurem os departamentos para contribuir com esse trabalho. “Podem ser objetos, cartas, fotos, documentos e até relatos”.

Tudo o que for conseguido fará parte de uma exposição em memória da sua trajetória e de seu sesquicentenário (150 anos).

Faça parte dessa história você também, entre em contato com (51) 980226284 ou (51) 9.9930-8192, ou venha até Avenida Carlos Barbosa Gonçalves n° 80 e saiba como ajudar!

 

 Mas afinal quem era Francisco Valdomiro Lorenz?

No dia 09 de maio de 2015 o jornal do almoço trouxe uma reportagem onde falou um pouco de Francisco.

Há quem diga que ele era um gênio. Para o espiritismo, Francisco Valdomiro Lorenz foi um dos maiores médiuns do mundo. Aprendeu a ler os quatro anos de idade e, aos 19, trocou a região da Bhoemia, atual República Tcheca, pelo Brasil, especificamente na cidade de Dom Feliciano, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Em 1894, morando com a mulher, uma imigrante alemã, e os 12 filhos, encontrou o sustento na lavoura e fundou a primeira escola da região. Aos 30 se tornou professor de uma escola estadual e já falava mais de 100 idiomas, como mostrou a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV.

Clique aqui para ver o vídeo da reportagem.

“Consta que aos quatro anos ele folheou o primeiro jornal e leu para os pais sem ser alfabetizado. Ele falava mais de uma centena de idiomas e dialetos. Uma delas era o Tupi Guarani, que o incentivou a produzir o primeiro dicionário da língua, sem nunca ter falado com um índio”, afirma o bisneto Fernando Lorenz.

As primeiras edições da revista ‘A Reencarnacção’, nas quais estão registrados alguns dos textos de Francisco Valdomiro Lorenz, revelam um pouco de quem foi esse homem. Elas estão disponíveis na Biblioteca da Federação Espírita do Rio Grande do Sul.

Universalista, o agricultor e professor escreveu sobre a cabala judaica, o hinduismo, os povos do Antigo Egito e os costumes dos Maias, Astecas e Ameríndios. No total, publicou 72 livros. No entanto, somente 10 deles podem ser encontrados hoje em dia.

O primeiro livro de Francisco foi publicado aos 17 anos, sobre o ‘esperanto’, língua universal. A produção literária de Lorenz é estudada por pesquisadores de universidades do Brasil e da Europa, que procuram entender como um homem tão simples falava até línguas mortas do Egito.

“As vertentes que enfocam o tema espiritualista entendem que esta é uma trajetória de acúmulo ao longo de muitas encarnações. Outras vertentes entendem como um esforço sobrenatural, do intelecto e da formação dele”, conta o bisneto.

A presidente da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Maria Elisabeth Barbieri, não tem dúvidas de que Francisco tinha experiência de reencarnações. “As experiências de reencarnações passadas estavam bem afloradas nesse espírito”, afirma Maria Elisabeth.

Lorenz seguiu trabalhando até sua morte, em 1957, ainda muito pobre e humilde. Anos depois, um memorial foi erguido em Dom Feliciano. O médium Chico Xavier psicografou seu livro ‘Esperanto’.

“Ele nunca buscou brilho pessoal nem reconhecimento, destaque ou fortuna. Mas o trabalho dele atravessa os tempos por conta dos valores morais. A figura de Francisco Valdomiro Lorenz é uma lição para todos nós, que vivemos fascinados pelo mundo do ‘ter’ e esquecidos de ‘ser’”, conclui a presidente da Federação Espírita do estado.

É justamente esse pensamento, o do ser imortal, que Lorenz deixou registrado na relíquia que a família guarda a sete chaves. O professor de mil talentos fez em 1915 um mapa astrológico do filho, Otto.

“Virá o tempo em que desenvolverás tuas forças de alma. O que há na vida e na natureza, de maravilhoso e misterioso te atrairá, e então verás que não é o corpo visível que merece o nome de ‘eu’, mas que aquilo que chamamos ‘eu’ é a alma, que já existiu antes do nascimento, e sobrevive a morte do corpo, para continuar a colher experiências em outras condições de ser”, diz o texto.

 

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Redação CLICR
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