Nesta segunda-feira (28), durante uma coletiva de imprensa no Palácio Piratini, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou que renunciará ao cargo, mas continuará no partido. Mesmo após ter perdido as prévias para o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), Eduardo Leite deixa aberta a possibilidade de voltar à corrida presidencial. “Eu não estou saindo, eu estou me apresentando”, disse o governador.
A respeito da sua renúncia, Leite comentou que a decisão “abre muitas possibilidades” e “não retira nenhuma”. “A lei eleitoral exige que nós estejamos fora de um cargo executivo, a não ser que a única alternativa que se visualize seja a da reeleição”, comentou o governador.
Para que possam concorrer a outros cargos, governadores, secretários estaduais, ministros e demais possuintes de mandato eletivo devem deixar suas funções. Ainda, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo de seis meses que os partidos políticos e federações partidárias têm de janela para oficializar seus estatutos encerra dia 2 de abril.
Com a saída de Leite, quem assume o cargo de governador do Rio Grande do Sul é o vice Ranolfo Vieira Júnior. “Tenho absoluta confiança na condução do Ranolfo. O histórico dele, o currículo dele e a trajetória dele atestam isso”, afirmou Eduardo Leite, ao elogiar a queda de indicadores criminais no RS no período de gestão de Ranolfo, que acumula o cargo de vice-governador com o de secretário estadual da Segurança Pública.
João Dória
Eduardo Leite afirma ter comunicado João Dória a respeito da sua renúncia antes do anúncio de hoje. Neste domingo (27), o governador de São Paulo, João Dória, afirmou que qualquer articulação no PSDB para tirá-lo da disputa presidencial é um “golpe” e uma “tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar” o partido.
