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sexta-feira, novembro 8, 2024

Embaixada ucraniana pede posição do governo brasileiro

A respeito da invasão realizada pela Rússia, tendo como alvo a Ucrânia, Anatoliy Tkach, encarregado de negócios da embaixada ucraniana no Brasil, expressou que espera que o governo brasileiro condene com veemência os ataques. “Queremos que a reação seja mais forte”, mencionou o representante da Ucrânia para a imprensa. Tkach também comentou que considera importante o Brasil impor sanções econômicas.

Na noite desta sexta-feira (25), em votação, o Brasil se mostrou a favor de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, reprovando a invasão realizada pela Rússia, após autorização do presidente Vladimir Putin. Contudo, por conta do voto contrário da Rússia, que também faz parte do conselho, a resolução foi negada.

Anatoliy Tkach observou que os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia já impuseram sanções econômicas à Rússia e convidou outros países a realizarem, em apoio à Ucrânia, medidas semelhantes. O encarregado também mencionou que acredita que o ato da Rússia viola o direito internacional. “Não é uma questão de apoiar um país ou outro. É uma questão de estar a favor dos valores democráticos”, Tkach.

Posição do Brasil

Na manhã de quinta-feira (24) o governo brasileiro divulgou, por meio do Palácio do Itamaraty, sua posição em relação ao conflito vivido entre Rússia e Ucrânia. Segue o texto:

“O Governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação da Rússia contra alvos no território da Ucrânia. O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”.

O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, não manifestou sua opinião a respeito da invasão sofrida pela Ucrânia. Todavia, em comunicado na noite de quinta-feira (24), Bolsonaro desautorizou o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) por pronunciamento feito por ele, onde Mourão afirmou que o Brasil não assume posição neutra e não concorda com o ataque realizado pela Rússia. Em sua manifestação, o presidente do Brasil declarou que “o artigo 84 diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final. Com todo respeito a essa pessoa que falou isso, e falou mesmo, eu vi as imagens, está falando algo que não deve. Não é de competência dela. É de competência nossa”.

Ainda, ao lado de Carlos França, ministro das Relações Exteriores, o líder brasileiro disse que gostaria de ouvir todos os ministros envolvidos com o assunto antes de decidir sobre qual posição diplomática o Brasil assumirá. “Só para vocês terem uma ideia: não é combinado, é acertado naturalmente. Quando é que eu falo qualquer coisa sobre esse problema Rússia e Ucrânia? Eu falo depois de ouvir o ministro Carlos França, das Relações Exteriores, e o da Defesa, Braga Netto. E ponto final. Se for o caso, convido mais algum ministro para a gente tomar uma… para eu tomar uma decisão”, comunicou Bolsonaro.

Com informações de Agência Brasil

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