Foi com muito carinho que o Estaleiro Cultural Projeto Seival e os caminhos de Garibaldi, promoveu um jantar com shows artísticos de Helmo de Freitas e Airton Madeira.
A ideia antiga da construção do Seival e os Caminhos de Garibaldi foi muito trabalhada e cuidadosamente arquitetada pelo professor de educação física, Antônio Carlos Rodrigues, 56 anos.
O projeto está sendo desenvolvido nos fundos do antigo prédio do Corpo de Bombeiros de Camaquã. O local foi cedido pela Prefeitura Municipal da cidade.
Antônio está realizando a construção de uma réplica, em tamanho original, da embarcação que ajudou a perpetuar o nome de Giuseppe Garibaldi na história da Revolução Farroupilha. Com um caminhão cedido pela prefeitura de Camaquã, Rodrigues foi até Passo Fundo buscar a madeira comprada há três anos, exclusivamente para realização do projeto Seival e os Caminhos de Garibaldi. Um investimento tirado do próprio bolso de aproximadamente R$ 50 mil, em valores atualizados. Como a intenção é fazer uma réplica original, a embarcação terá 15 metros de comprimento e 3,6 de largura. A expectativa é concluir o trabalho no prazo de um ano. Nesta fase inicial, o professor terá o auxílio de um marceneiro naval e de dois voluntários.
O projeto tem como objetivo resgatar a história de Garibaldi e além disso, promover a educação ambiental com a sua construção. Orçado em aproximadamente R$ 300 mil, incluindo gastos com documentação e equipamentos, Rodrigues pretende realizar algumas ações para buscar o recurso necessário. A primeira delas aconteceu quando ocorreu o jantar e o lançamento oficial para Camaquã. No momento ele explicou qual a finalidade em realizar essa construção.
O Seival não será um barco comercial para passeios. A finalidade será para atividades relacionadas com a história da navegação durante a Revolução Farroupilha e educação ambiental.
O encantamento de Rodrigues pela navegação surgiu em 2014, quando decidiu realizar o projeto Navegar Rio Passo Fundo – da nascente ao mar. Dividido em oito etapas, alunos do ensino médio da escola Cecy Leite Costa, onde lecionava, juntamente com outros professores e integrantes de grupos ecológicos, navegaram mais de 1 mil quilômetros, do Rio Passo Fundo até a capital Uruguai, Montevidéu. No ano seguinte, o roteiro seguiu pelas águas do rio Jacuí.
Decidido a seguir investindo em novas aventuras, ele recebeu a sugestão do historiador Paulo Monteiro, para construir os lanchões de Garibaldi. Desafio aceito, dedicou um longo período de pesquisas em busca de todos os detalhes da embarcação e conseguiu reproduzir uma miniatura do Seival.
Desde lá, o professor já construiu pelo menos sete veleiros, alguns deles apenas com material reciclável. Uma habilidade aprendida na infância com o pai marceneiro. Após a conclusão do projeto a ideia do professor é colocar o Seival de novo na Lagoa dos Patos e fazer ele navegar de novo. “É fazer os trajetos que Garibaldi fez”, afirma.
Informações: Clic Camaquã