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sexta-feira, setembro 20, 2024

Estimativa inicial para a safra de fumo 2023/2024 está em 522.857 toneladas

A Afubra encerrou em 28 de novembro a estimativa inicial para a safra de tabaco 2023/2024, projetando uma produção de 522.857 toneladas, representando uma redução de 13,7% em relação à safra anterior de 605.703 toneladas. As variedades Virginia e Burley apresentam diminuições de 13,9% e 14,7%, respectivamente, enquanto a variedade Comum projeta um aumento de 7,2%.

A estimativa é baseada nos pés inscritos no Sistema Mutualista da Afubra, somando produtores não inscritos, ajustando para variações e considerando a área plantada. O presidente Marcilio Drescher destaca que esses são números iniciais sujeitos a variações climáticas, com uma estimativa média de quebra de safra de 20,5% nos três estados do Sul. Os preços serão negociados a partir de dezembro, após a conclusão do levantamento do custo de produção.

No Rio Grande do Sul, a estimativa de produção aponta para 230.845 toneladas, divididas em 207.967 toneladas de Virgínia (-10,2%), 22.050 de Burley (-10,4%); e 828 toneladas de Comum (+36,0%), cultivados numa área de 125.996 hectares (+7,1%), com produtividade média de 1.832 kg/ha (-16,1%). A safra conta com 68.582 famílias produtoras (+5,9%).

Marcilio destaca que esse aumento na área produtiva era esperado. “A safra passada foi, para uma grande parte dos produtores de tabaco, muito lucrativa, com uma alta rentabilidade, e os grãos trouxeram prejuízos significativos. Esses dois fatores fazem com que alguns produtores aumentem a sua área ou, os que haviam trocado o tabaco pelos grãos, retornem à cultura.” Porém, esse aumento na área plantada causa preocupação. “Precisamos manter a oferta adequada à demanda para garantir a lucratividade do produtor. É preocupante esse aumento de área em época de clima estável, pois pode dar uma produção alta e influenciar na remuneração do produtor”.

PREÇO – O custo de produção para a safra 2023/2024 está na reta final e está sendo feito em conjunto – representantes das entidades e de cada empresa fumageira. As negociações de preço devem iniciar em dezembro, com a conclusão do levantamento do custo de produção.

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