Cerca de 400 pessoas, entre produtores rurais e representantes de órgãos públicos, setores produtivo e industrial, instituições de pesquisa e assistência técnica participaram, nesta quarta-feira (2), do 5º Seminário do Pró-Milho/RS, que debateu virtualmente o tema “Visão e expectativa de consumidores de grãos no Rio Grande do Sul”. O evento é uma parceira entre a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e a Emater/RS-Ascar e foi transmitido simultaneamente pelo You Tube do Rio Grande Rural e pelo Facebook da Emater/RS-Ascar.
Na abertura, o presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri e dirigentes de várias entidades ligadas ao setor deram seus depoimentos sobre produção, estiagem, pandemia, mercado e outros fatores relacionados a cadeia produtiva do grão.
Palestras
O diretor de Políticas Agrícolas e Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti, contou que, de 2019 até maio de 2020, o Estado deixou de arrecadar R$ 260 milhões em ICMS por não produzir milho suficiente. “Diante desse fato e também da preocupação em não haver o estrangulamento de um setor tão importante, responsável por 10% do PIB estadual, entre outros motivos, foi criado o Programa Pró-Milho, que tem o objetivo de tornar o Rio Grande do Sul autossuficiente em milho, na relação produção/consumo”.
Na palestra “O Milho e o Desenvolvimento do Setor Agropecuário”, a superintendente do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, Helena Pan Rugeri, afirmou que sempre foi uma preocupação o aumento da produção da cultura no Estado. Ainda ressaltou esse ano atípico onde uma estiagem deixou muitas marcas na produção, uma geada que ainda não teve mensuradas as consequências, e uma pandemia que altera todas as rotinas de trabalho. “Apesar de tudo isso, a agricultura brasileira e gaúcha está num momento favorável, com notícias da elevação do preço e possibilidade de comercialização de safra futura, tudo isso também pode, apesar de tudo, favorecer nosso produtor”.
No restante da fala, Helena deu enfoque na sanidade e qualidade do milho para os fins a que se destina, tanto para alimentação humana com vários produtos, como para a alimentação animal, tema desse webinar, “porque o milho é o principal alimento para a produção animal, principalmente, aves e suínos, setores importantíssimos para o Rio Grande do Sul. Por isso a necessidade de políticas públicas para ampliação da produção em busca de autossuficiência no Estado”.
Por sua vez, o sócio-diretor de Consultoria da Cogo Inteligência em Agronegócio, Carlos Cogo, falou sobre o “Cenário para o Milho e Proteínas Animais para 2021”. Ele abordou as tendências para o mercado global de milho, no Brasil e no Rio Grande do Sul, e os impactos dos preços sobre os custos de produção das carnes, especialmente frango e suína. E sugeriu: “uma alternativa para expandir a produção de milho no Rio Grande do Sul, viável e que não conflita com a expansão acelerada das áreas de soja em todo o Estado, é fomentar o uso de irrigação por aspersão na Metade Norte do Estado e a inclusão do milho na rotação com soja e arroz na Metade Sul”.
Assista em 5º Seminário do Pró-Milho/RS
Fonte: Seapdr – Edição: Portal ClicR