As exportações de tabaco estiveram na pauta da 63ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco nesta quarta-feira (28), quando cerca de 30 representantes do setor do tabaco e de outras entidades, se reuniram virtualmente. O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, apresentou as perspectivas das exportações de tabaco para 2021.
Pesquisa realizada pela Deloitte, a pedido do sindicato, aponta que os embarques devem apresentar acréscimo de 2,1% a 6% no volume e de 6,1% a 10% em dólares em relação a 2020, quando foram exportadas 514 mil toneladas, totalizando US$ 1,638 bilhão em divisas. De janeiro a março, segundo dados do Ministério da Economia, o embarque de 134 mil toneladas gerou divisas de US$ 418 milhões, receita que representa um aumento de 19% em comparação com o mesmo período de 2020.
“O Brasil tem conseguido manter uma exportação anual em torno de 500 mil toneladas, o que demonstra uma estabilidade no mercado mundial mesmo diante do cenário de pandemia e todos os seus desdobramentos sociais e econômicos. Temos a expectativa de que o Brasil se mantenha como líder mundial de exportações de tabaco, posição ocupada desde 1993”, disse Schünke que também falou sobre a adaptação das atividades da indústria do tabaco e do Instituto Crescer Legal durante a pandemia da Covid-19.
A 9ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e a Segunda Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco (MOP2) também estiveram na pauta do encontro. Status sobre a produção do tabaco, sobre as reformas administrativa e tributária, bem como a aprovação de novos produtos de tabaco foram outros temas debatidos. As próximas reuniões da Câmara Setorial estão previstas para ocorrer nos dias 12 de agosto e 26 de outubro.
SAIBA MAIS
Em 2020, o tabaco representou 0,8% do total de exportações brasileiras e 4,1% dos embarques da Região Sul. No Rio Grande do Sul, estado que concentra quase a metade da produção brasileira, o produto foi responsável por 9,5% do total das exportações. Nas exportações do agronegócio brasileiro, o tabaco ocupa a oitava posição. O principal mercado brasileiro em 2020 foi a União Europeia, destino de 41% do tabaco exportado, seguida pelo Extremo Oriente (24%), África/Oriente Médio (11%), América do Norte (9%), América Latina (9%) e Leste Europeu (6%). Entre os países, a Bélgica (US$ 414 milhões) continua sendo o principal importador do produto, seguido da China (US$ 153 milhões) e Estados Unidos (US$ 125 milhões). Na sequência da lista dos principais clientes estão a Indonésia (US$ 98 milhões), Emirados Árabes Unidos (US$ 74 milhões), Turquia (US$ 55 milhões) e Rússia (US$ 54 milhões).
Fonte: SindiTabaco