Na quarta-feira, 10 de junho, em videoconferência diretamente do Plenário 20 de Setembro, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou o projeto de inclusão da farinha de arroz e produtos sem glúten produzidos no RS no cardápio escolar da rede pública estadual de ensino. A inclusão dos coprodutos do arroz na alimentação escolar é um dos pilares do Programa de Valorização do Arroz (Provarroz) do Instituto Rio Grandense do Arroz.
O Provarroz é um programa criado pelo Irga em 2015 que tem como objetivo aumentar o consumo de arroz, conscientizando a população sobre os benefícios do alimento para a saúde. O Programa já esteve em Jaguarão, Santana do Livramento e Capivari do Sul apresentando a ação de inclusão do cereal e seus coprodutos no cardápio escolar dos municípios, conscientizando os responsáveis de cada cidade sobre os benefícios do alimento para uma vida saudável.
Camaquã, Capivari do Sul, Pelotas e, mais recente, Cristal são as cidades que já aderiram à inclusão da farinha de arroz no cardápio da alimentação escolar de seus municípios.
A coordenadora do Provarroz, Camila Pilownic Couto, disse que a inclusão da farinha de arroz no cardápio da merenda escolar da rede pública do Estado é um ganho para toda a sociedade gaúcha. “A farinha de arroz ser incluída no cardápio da merenda escolar da rede pública do estado é um ganho para toda a sociedade gaúcha: celíacos receberão a devida atenção, as crianças que não têm a sensibilidade ao glúten receberão um alimento repleto de benefícios a saúde. Além disso, produtores também terão seu produto valorizado. É um avanço muito significativo”, acrescenta.
O Projeto de Lei nº 179/2017, aprovado por 44 votos favoráveis e 8 contrários, é de autoria do deputado Gabriel Souza e tem por meta incluir a farinha de arroz e produtos sem glúten produzidos no RS no cardápio da merenda das Instituições de ensino da rede estadual do Rio Grande do Sul. Anteriormente, o deputado já havia apresentado projetos para uma população específica do Estado, os celíacos e os alérgicos ao glúten. Em 2018, Souza também propôs a diminuição do ICMS da farinha de arroz de 11 para 7%.
A doença celíaca é uma reação imunológica à fração proteica presente no trigo, centeio e cevada, causando um quadro inflamatório crônico no intestino. Isso interfere na absorção de nutrientes essenciais ao organismo, como carboidratos, gorduras, proteínas, vitaminas, sais minerais e água, que pode levar à desnutrição. Para quem recebe o diagnóstico, o tratamento é uma dieta livre do consumo de glúten. Apesar de não ser considerada uma doença rara, estima-se que 1% da população mundial sofra com essa doença.
Em suas redes sociais, Souza comentou que, devido à alta produção de arroz no Estado, este cereal pode ter diferentes usos, entre eles, a farinha de arroz, um coproduto de alta qualidade que pode ser incluído na dieta dos celíacos e alérgicos ao glúten. “Com essa lei estadual consigo trazer mais mídia para esse assunto pouco tratado em nossa sociedade, além de explorar esse coproduto do arroz, valorizando o produtor local e, consequentemente, causando o desenvolvimento econômico das regiões produtoras do RS”, comenta o deputado.
A farinha de arroz é formada a partir de grãos inteiros de qualquer variedade e dos quebrados gerados durante o polimento do cereal. A variedade é considerada rica em carboidratos complexos (fonte de energia e de fibras solúveis), hipoalergênica, não contém glúten, muito solúvel, possui alta digestibilidade (melhor absorção de nutrientes) e baixo teor de lipídios. Apresenta menor tempo de preparo pela ausência de glúten, além de ser muito versátil, podendo ser usada sozinha ou em pratos doces e salgados.
Fonte: Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)